Benefícios do adestramento e da consulta comportamental
Quem já experimentou com o seu pet?
Está em busca de serviços no setor Pet?
Com a Internet e por meio das redes sociais temos muito
mais acesso à informações variadas e em grande quantidade. É sempre necessário que
saibamos filtrar aquilo que é realmente confiável para não entrarmos em enrascadas, principalmente quando procuramos por prestadores de serviço. As pesquisas podem nos ajudar a encontrar soluções em vários
setores e, no mundo pet, isso não é diferente. As
prestações de serviços nesse segmento estão cada vez mais abrangentes e diversificadas. Qualificar esse setor
precisa ser uma preocupação constante de qualquer profissional que trabalha na área, pois os donos de animais de estimação tem ficado muito
mais exigentes. Cães e gatos ocupam um espaço muito maior que a própria
estrutura física oferecida. É muito amor, muitos cuidados com a saúde do animal
e os investimentos com a alimentação, o bem-estar, até mesmo em
tratamentos alternativos se tornaram iniciativas rotineiras de vários proprietários.
No caso do adestramento, há alguns anos, ouvíamos muitas referências em função dos cães de guarda, de caça, ou cães-guias, farejadores, de circo, e muito pouco ouvia-se falar de donos de animais de estimação que procuravam profissionais para adestramentos meramente educativos. Os métodos podiam até chegar ao resultado
desejado, mas a preocupação em não causar danos físicos ou psicológicos ao
animal era pouca, pois as técnicas contavam com cutucões, desconfortos, até mesmo chutes, coleiras com choques, coisas absurdas que nem cabe elencar. Enfim, nada agradável e muito menos educativo para os animais. Existe até hoje? Com certeza. E por isso mesmo é muito importante pesquisar antes de entregar seu animal nas mãos de qualquer profissional.
Nos tempos atuais, a técnica que se utiliza do reforço positivo está em alta e é, sem nenhuma dúvida, a mais adequada, conforme já vimos em nossas duas últimas entrevistas. Em tempos ruins de se imaginar, algumas
vezes o dono nem sabia de que forma seu cachorro chegava tão obediente em
casa, pois muitos adestradores desenvolviam seu trabalho em seu próprio ambiente, e ‘devolviam’
prontos os cães adestrados e obedientes. Já vimos que métodos assim podem
trazer de imediato o resultado que esperamos, mas também podem ocasionar
problemas comportamentais sérios, como fobias, ansiedades, agressividade, isso é, nada que gostaríamos que
nosso amigo de quatro patas desenvolvesse.
Eu sinto um alívio grande em perceber que profissionais
da área estão buscando sempre por capacitações que preveem um treinamento que
não utilize métodos aversivos. O mercado está bastante satisfatório para quem
procura por adestramentos que podem ser até mesmo divertidos para os animais.
Esses profissionais estudam permanentemente a etologia, que nada mais é do que
o estudo do comportamento animal.
Cassia Rabelo é uma dessas pessoas que buscou se
profissionalizar pelo método conhecido como Adestramento Inteligente. (Leia mais
detalhes do método na entrevista publicada no dia 05 de setembro aqui no blog).
Foi a adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão, que cuidou dos gatos
Gaudí e Lina e da cadelinha Faísca.
Os três tem em comum a idade: três anos. A cadelinha da raça Shih Tzu, desde os cinco meses que é aluna de adestramento da Cassia
Rabelo. Já a proprietária dos gatos solicitou consulta para melhorar
comportamentos de ambos.
Vamos conhecer melhor as histórias desses lindos? As
perguntas para as duas proprietárias são basicamente as mesmas. Pois queríamos
saber os motivos, a importância e o resultado dos serviços.
Os dois não são uns gatos?
Olha que delícia o Gaudí abraçando a Lina com sua patinha branca! |
O casal Gaudí e Lina foi adotado por Marina Moussi na Ong
Adote um Gatinho. Podem até não serem de raça, o que sempre dizemos, não faz
a menor diferença. Mas charme e fofura eles tem em excesso. Os dois são
castrados e cada um apresentou questões comportamentais que fizeram Marina buscar
por ajuda para resolvê-los. “O Gaudí está acima do peso e não sabíamos como
administrar a alimentação dele. Já a Lina não comia no potinho e miava o dia
todo atrás da gente pedindo comida. O tempo topo nós dávamos um pouquinho para
ela. Além disso, ela é muito medrosinha, não deixava que nós a tocássemos e não
sabíamos o porquê”, contou Marina.
Cãopetente – Como foi
realizada a consulta?
Marina Moussi - A Cassia veio em
nosso apartamento, observou o comportamento deles por um tempo, fez alguns
testes, conversou bastante com a gente e depois nos orientou.
Cãopetente – O que foi
identificado?
Marina Moussi - Foi identificado
que o Gaudí, por ter sido nosso primeiro gato, tem um certo ciúme da Lina. Além
disso, ele quer controlar até o alimento. A Lina aparentemente só não teve
contato com humanos na sua fase de socialização, pois ela fica bem próxima da
gente, só que não nos deixava tocá-la.
Cãopetente - Quais foram os
procedimentos sugeridos pela Cassia e realizados por você, junto aos seus
gatos?
Marina Moussi - A Cassia sugeriu alimentação em quantidades diárias
determinadas para cada um deles, no intervalo de três em três horas. Ela
programou esse controle levando em conta o fato de eu trabalhar em casa e ter essa disponibilidade.
Com isso conseguiríamos garantir que o Gaudí não comesse a ração da Lina e
também que os dois comam apenas nesses horários definidos. Também fomos
orientados a não dar comida nos intervalos entre uma refeição e outra, mesmo que eles pedissem, além de
não oferecer nada além da quantidade recomendada. Além disso, foram indicadas muitas
atividades para o Gaudí, brinquedos para pegar comida, prateleiras para subir e
explorar as paredes. Com essas mudanças a expectativa era que o Gaudí perdesse
peso e que a Lina me identificasse como quem a alimenta, o que nos aproximaria.
Cãopetente - Em quanto tempo
observou mudanças?
Marina Moussi - Com menos de uma
semana já começaram as mudanças. Primeiro eles se adaptaram aos horários da
alimentação. Depois a Lina surpreendentemente começou a se aproximar mais, até
roçou em minha perna, coisa que, até então, nunca tinha feito!
Cãopetente – Como avalia a
consulta e seus resultados?
Marina Moussi - Super positiva. É
impressionante como um profissional pode nos ajudar. Por mais que a gente
conheça os animais que tanto amamos, muitas vezes não temos como adivinhar o
que eles precisam de verdade. A consulta ajuda até no nosso relacionamento,
aumentando ainda mais nossa comunicação.
Cãopetente – Quais os
principais aspectos você classificaria como positivos depois de aplicar as
técnicas ou procedimentos que lhe foram ensinados?
Marina Moussi - Em primeiro lugar o fato de terem se acostumado a
comer no horário certo, acabando com o excesso de miados durante todo o dia.
Depois o Gaudí que agora que possui mais atividades e tem a comida administrada
e controlada da forma correta, tende a emagrecer. No caso da Lina, o principal
é a sua aproximação conosco.
Cãopetente – Você indicaria
uma consulta comportamental?
Sim. Inclusive já indiquei a dois amigos.
E a Faisquinha?
Já a Ana Lucia Gonçalves Garreta Prats decidiu adestrar sua Faísca a
partir dos seus cinco meses. A lindeza da raça Shih Tzu não tem mesmo uma
carinha de Faísca? Com três anos, Faísca é castrada e imagino, bem educada.
Afinal, assiste às aulas da Cássia Rabelo desde filhote. Nesse caso, não se tratava de um
problema comportamental. Ana Prats contou que já conhecia os benefícios do
adestramento e por isso optou por começar cedo. “O trabalho é realizado pela Cão
Cidadão, por meio da adestradora Cássia Rabelo. Eu estou presente em todas as
aulas, que continuam até hoje. Acho que nunca vou parar. Minha cachorrinha fica
muito feliz”.
Ela pode até ser bem educada. Mas não tem uma carinha de levada? |
Cãopetente – O que você avalia
como mais fácil e mais difícil no treinamento da Faísca?
Ana Prats - Nada foi muito
difícil. Mas andar de carro talvez tenha sido um pouco mais complicado. Ela
ficava bastante estressada, mas agora até sobe no carro sozinha. Acho que o
mais fácil foram os comandos, senta, deita, dar a pata, morto, rola e outros.
Cãopetente - Em quanto tempo observou que o medo de andar de carro que a Faísca tinha, melhorou?
Ana Prats - Acredito que foram umas três aulas.
Cãopetente – Como avalia o
adestramento e seus resultados?
Ana Prats - Adoro o
adestramento. Os resultados foram e ainda são muito positivos. Eu e minha
cachorrinha adoramos, mas não posso deixar de citar a enorme competência da
adestradora.
Cãopetente – Quais os
principais aspectos você classifica como positivos depois do adestramento e
de aplicar as técnicas que lhe foram ensinadas?
Ana Prats - O principal, como
já disse, é a alegria da minha cachorrinha. O cão fica feliz quando percebe que
agrada o dono. Claro que eu e meu filho também seguimos o que a adestradora recomenda.
Cãopetente – Você indicaria o treinamento para outros proprietários de cães?
Ana Prats - Já indiquei para diversas pessoas que ficaram tão satisfeitas quanto eu.
Indico, sem pestanejar, porque os resultados são excelentes.
Atenção ao escolher um profissional
Nesse bate-papo com a Marina e com a Ana, não nos
preocupamos em falar das técnicas, pois esse assunto já foi abordado nas entrevistas
anteriores. Mas é bacana a gente constatar os resultados positivos tanto para
os animais, quanto para os donos. A presença de um profissonal foi excelente nos dois casos. Os gatos aparentemente tinham uma solução simples. No entanto, como mesmo explicou a Marina, muitas vezes não conseguimos perceber suas necessidades. Já no adestramento da Faísca, o trabalho é desenvolvido a partir da técnica de reforço positivo e não há nenhum prejuízo para o animal. Ao
contrário. A Ana afirma que a Faísca se comporta de uma maneira muito mais feliz com as aulas de adestramento. A qualidade de vida e o bem-estar do casal de
gatos, Gaudi e Lina, provavelmente já apresenta melhoras. E sem deixar de enfatizar a participação e empenho dos donos, que é
primordial para alcançar os resultados esperados.
Parceiros Cãopetentes, sempre que possível, não deixem de
buscar por informações sobre os profissionais que irão contratar. Gosto de bater nessa tecla, porque infelizmente não é raro encontrarmos pessoas ruins e incompetentes por aí. Procurem
saber os métodos utilizados, busquem por referências, leiam sobre as técnicas. Informação é tudo! A
visita e o adestramento domiciliar tem se tornado muito mais comum e traz mais
segurança aos donos. Afinal, o trabalho pode ser todo realizado com a companhia
e participação dos proprietários. Menos risco aos animais, mais tranquilidade
para os ‘humanos de estimação’. As técnicas de adestramento com reforço positivo podem se
tornar muito mais que um aprendizado para os animais. São aulas divertidas para
eles.
Qual a próxima entrevista?
E por falar em diversão, na próxima sexta-feira (13), não deixem de acessar ao
blog e conhecer um pouco mais sobre a viagem do labrador, Tapa. O cão mais
viajado do planeta, que percorreu vários países num roteiro que durou dois
anos. A aventura está sendo mostrada toda sexta-feira no canal TLC. Viagens
Maneiras, foi a volta ao mundo idealizada por Gustavo Vivácqua, que nos contará
um pouco mais sobre a viagem.
Até mais ver!
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