sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Vale tudo para salvar a vida de um animal sob maus-tratos? 


“Se dá para roubar, eu roubo e fim.”





Algumas entrevistas com protetores de animais já foram publicadas no Cãopetente. O ponto em comum que encontramos em todos que se dedicam a essa causa é a obstinação. Alguns vão até às últimas consequências para salvar uma vida. O que pode ser questionável ou controverso para alguns é, para essas pessoas, ponto indiscutível e sem negociação, principalmente quando se deparam com recusas ou burocracias de instituições públicas.

Como a maior parte dos entrevistados do Cãopetente, conheci a Adriana por meio da página de um conhecido no Facebook. Ela anunciava a venda de plaquinhas identificadoras para cães e eu me interessei em comprar uma para o Zeus. Inclusive, porque ela anunciava que o dinheiro da venda era utilizado para os cães que abriga ou que mantém em outros locais. Abri sua página e vi que trabalha como Dog Walker, mas que a atividade de protetora também faz parte da sua rotina. Comprei a plaquinha e, inclusive compartilhei seu anúncio na página do Cãopetente no Facebook.

Adriana Breves do Santos é mais uma pessoa que exerce a atividade de proteção aos animais e que me causou curiosidade em conhecer sua rotina e dividir as informações com vocês. Nossa entrevistada se mostra, tanto na sua página pessoal, quanto na sua entrevista, muito destemida, corajosa, bastante sincera e não escolhe palavras para dizer o que pensa. Perguntei à Adriana se realmente não havia problema em publicar tudo o que declarou e ela não titubeou. Afirmou objetivamente: “pode sim, sem problema algum”.



Da parte do Cãopetente é ótimo poder mostrar de maneira clara e transparente o que as pessoas pensam e como agem. E torcer para que as dificuldades diminuam quanto maiores forem as informações. O fato é que não é nada fácil exercer a atividade de protetor de animais. Essas são pessoas de alma nobre e sentimentos fortes!

Adriana tem 37 anos e suas respostas mostram grande determinação quando se trata de resgatar um cão ou gato, cuidar e colocá-los para adoção. Bem como nas afirmações que mostram que, na sua opinião, a responsabilidade pela vida de todos os abandonados e maltratados animais são de todos e não só daqueles que escolhem exercer no seu dia a dia a função de resgate, acolhimento e doação. Adriana está sempre ao lado de um desses bichinhos, já que trabalha como passeadora de cães. Nasceu em São Paulo e sempre morou no Ipiranga. Ela conta como se tornou uma protetora. “Eu tinha um fotolog. Vi um pedido de ajuda. Uma moça vendia camisetas. O dinheiro das vendas era para comprar os remédios. Fui com meu irmão na casa dessa moça, compramos camisetas e levei algumas doações. Só que história que vi não era dela, mas tinha o email dela... Acabei indo numa feira de adoção onde eu ficava cuidando dos animais. Fui em mais duas ou três feiras. Logo, o grupo se dissociou.“

Adriana e mais duas pessoas que fazem parte da atual formação, então se juntaram e começaram a realizar novas feiras com o mesmo nome do grupo da moça do início da história: União SRD (sem raça definida). “Daí começou: feiras e mais feiras, resgates e adoções. Crescemos e nos organizamos. Criamos um logotipo e demos ênfase ao nome que já existia”, explicou.

 Cãopetente - Há quanto tempo trabalha como Dog Walker ou em português mais claro, passeadora de cães?

Adriana Santos  - Há quatro anos.


Cãopetente – Por que decidiu trabalhar com cães?

Adriana Santos - O convívio com animais acabou levando para esse lado. Sempre via que a profissão podia ser promissora em revistas e na mídia. Também estava desempregada e uma coisa acabou levando a outra.

Cãopetente - Em qual região de São Paulo você atende?

Adriana Santos - Bairro do Ipiranga, Vila Mariana e bairros próximos.

Cãopetente – Fale sobre sua rotina profissional.

Adriana Santos - Os passeios duram em média 30 minutos, são dois clientes avulsos e dois juntos. No começo idealizei um contrato, mas como os clientes foram todos surgindo por meio de indicação, acabaram se tornando amigos. Hoje não tenho contrato. No dia de pagamento, o dinheiro está na minha conta.
Os mesmos clientes acabam optando por mim nos serviços de hotel ou creche, e também na atividade de pet sitter.


Cãopetente – Quantos animais de estimação você possui? Fale sobre eles.

Adriana Santos – São quatorze. Dez são meus e quatro para adoção. São todos umas ‘pestes’... rs.

Cãopetente – Vamos falar sobre a atividade de protetora. Onde abriga os animais que resgata? Possui um lugar específico ou clínicas que lhe apoiam?

Adriana Santos - Quando dá, ficam em casa. Mas a maioria fica em canil ou hotel particular.

Cãopetente - Tem mais pessoas que trabalham com você? 

Adriana Santos - O grupo União SRD é formado por três mulheres.



Cãopetente - Desde quando você decidiu ser protetora de animais?

Adriana Santos  - Quando comecei a ajudar a Ong União SRD e foi acontecendo naturalmente. Há dez anos.

Cãopetente – Lembra-se do primeiro animalzinho que você ajudou e em quais circunstâncias?

Adriana Santos  - Foi um poodle da feira para onde fui como voluntária. Consegui dono pra ele. Só que as protetoras largaram o cão comigo, sem sequer desejar saber se o adotante era ou não bom. Foi para uma amiga de Orkut na época que ficou com o cão muito tempo. Ele morreu há uns dois anos.

Cãopetente - Abriga apenas cães ou possui outros animais?

Adriana Santos  - Somente cães e gatos.



Cãopetente - De que forma os animais chegam até você?

Adriana Santos  - Geralmente são denúncias de maus-tratos. Às vezes passando na rua nós identificamos alguma situação e vamos investigar. As pessoas ligam a semana toda querendo que resgatemos animais que elas encontraram. A resposta é sempre NÃO!!! A não ser que seja um caso especial que por ventura possamos ajudar, mas é muito difícil. Recusamos a maioria. Se eu vejo a situação é meu dever resgatar. Agora se você viu, é dever seu, não meu. Porque o que eu faço, você também pode fazer.

Cãopetente - Qual a maior demanda? Filhotes, animais adultos ou idosos?

Adriana Santos  - Acho que os três estão equiparados. Abandonam caixas cheias de filhotes; os idosos justamente porque ficaram idosos e não querem gastar com algum tratamento; e os adultos porque cresceram ou porque as pessoas são más mesmo.

Cãopetente - Quais são suas maiores dificuldades?

Adriana Santos  - A maior dificuldade hoje é local para os animais e dinheiro para manter com qualidade os já existentes.

Cãopetente - Tem parceiros veterinários?

Adriana Santos  - Sim, temos alguns. Ou não nos cobram a consulta e só os procedimentos, ou vice-versa. Ou ainda nos dão alguma facilidade para pagar. Mas temos que pagar de uma maneira ou de outra. A gratuidade até acontece, mas muito raramente.

Cãopetente - Tem alguma parceria para castrar e medicar os animais que ficam para adoção?

Adriana Santos  - Todos os procedimentos para os cães que vão para o canil, geralmente são feitos por eles. Temos também uma conta e vamos pagando conforme entra o dinheiro. Para aqueles que ficam em hotel, pesquisamos os locais onde os procedimentos fiquem mais em conta.



Cãopetente - Como faz para conseguir rações e medicamentos?

Adriana Santos  - Geralmente com apelos na internet. Alguns tem madrinhas e padrinhos para quem podemos pedir; e nas feiras de adoção fazemos a arrecadação de ração.

Cãopetente - Como planeja as feiras de adoções?

Adriana Santos  - Hoje elas são fixas. Acontece aos sábados, já com datas definidas até o fim do ano. Somente uma delas é em pet shop, que naturalmente é nosso parceiro.

Cãopetente - Além das feiras, quais os canais de divulgação para adoção?

Adriana Santos  - Cem por cento internet. Nosso site, Facebook e mailing de email. Às vezes, alguns sites de adoção de terceiros.



Cãopetente – Tem algum caso que te emocione mais?

Adriana Santos  - São vários, não tem um específico. Já pegamos uma cachorra desfalecida, que ninguém dava nada por ela e hoje está doada e linda. Uma boxer quase morta, com um prato de comida podre e água preta. Ela não andava e hoje também foi doada e está com a saúde ótima. Dois cães idosos em carne viva por causa de sarna. Viviam numa casa com mais 14 animais. Várias ongs foram chamadas para cada uma assumir um animal. Ninguém as queria por serem velhas. Pegamos, tratamos e uma foi doada ano passado. Morreu este ano, mas teve a chance de conhecer uma família. São vários casos no mesmo patamar.

Cãopetente - Alguns cuidados precisam ser tomados ao abordar um cão. Afinal, principalmente aqueles que são maltratados ou nas ruas ou pelos donos, às vezes atacam por medo. Ou mesmo fogem. Como você procede?

Adriana Santos  - Eu ando com comida no carro e na bolsa. Petisco, guia, coleira e cambão. A gente tenta atrair com comida e carinho. Muitos fogem. Corremos atrás e ele some. Aí é entregar para o destino.

Cãopetente - Outro problema que imagino que possa fazer parte da sua rotina é abordar as pessoas que maltratam seus animais e retirá-los delas. Como você age nesses casos?

Adriana Santos – Hoje, com a experiência que tenho, eu roubo, pulo muro, arrombo. Caso nada disso seja possível, a gente tenta enviar uma notificação extrajudicial... Ou recorremos a alguns protetores ‘maiores’ que vão lá ameaçam e tiram o animal. Em último caso acionamos a polícia, devido às burocracias.

Cãopetente - Você tem apoio do setor público para alguns casos? CCZ,s, Polícia Militar, Bombeiros...

Adriana Santos – Não, nenhum. Polícia e Bombeiros dificilmente levam os casos a sério. É raro algum deles ajudar. Sempre botam empecilho para não virem. Por isso, no meu caso, se dá para roubar, eu roubo e fim.

Cãopetente - Depois que consegue um lar para seus animais, há alguma forma de acompanhar se os proprietários estão cuidando de maneira adequada?

Adriana Santos – Sim. O animal só sai das nossas mãos, após assinatura e preenchimento de quatro termos de adoção, cada um cita uma coisa diferente. Pedimos xerox de documentos e o adotante paga uma taxa, que é revertida aos animais que ainda não foram adotados. Depois ligamos, visitamos, pedimos fotos, até acharmos que não seja mais necessário. Alguns a gente nem precisa pedir, estão sempre em contato.



Cãopetente - Existem muitos casos de devolução? Se sim, quais os principais motivos alegados pelas pessoas?

Adriana Santos – Existem. São poucos, mas existem. Pelos motivos mais torpes: gravidez, mudança para apartamento, mudança de cidade - embora tudo isso seja perguntado durante a entrevista de adoção. E ainda alegam que o cão destruiu tudo, que mijou a casa toda... Claro: pegaram, largaram fechado em algum canto e foram trabalhar. Não levam para passear, os animais não gastam energia, aí dizem que ele não se adaptou.

Cãopetente - Atua também como ativista? Vi suas postagens recorrentes no caso do Instituto Royal e percebi que acompanha intensamente. Dê sua opinião sobre esse caso.

Adriana Santos - No início da carreira eu atuava mais. Ia às manifestações, mas hoje em dia não mais. Virou meio que uma disputa de egos, qual protetora pode mais. Então divulgo via 'net' pra que a informação chegue a todos. Nesse caso da Royal quis muito ir. Mas foi muito em cima da hora, nem tinha como sair na madrugada e migrar pra lá... Isso é mais pra ativista 100% mesmo. Se eu não precisasse trabalhar no dia seguinte, iria. Eu tinha dois carros disponíveis na porta e poderia encher de cachorro (rs). Mas sou a favor das manifestações. Só assim conseguimos fazer chegar nosso recado às pessoas.

Essa é a Adriana, protetora de animais. Ao Cãopetente, não cabe nenhum tipo de julgamento sobre uma ou outra decisão que leve ao salvamento de animais que estão abandonados ou sob maus-tratos. Como alguém que adora os animais e abomina todos os tipos de maus-tratos, tenho apenas duas coisas muito simples a dizer: a primeira é que minha expectativa maior é que qualquer entrevista leve às reflexões e ao conhecimento. Quem sabe, numa postura bastante otimista, que leve à mudanças positivas de comportamento em relação ao trato dos animais. A outra coisa a ser dita é que me sinto com a obrigação de agradecer a todas as pessoas que, assim como a Adriana, são corajosas, obstinadas e não medem esforços nem palavras para que alguns animais sejam tratados com a dignidade e o respeito que todos deveriam ter naturalmente.

E para a próxima?

Com muitos entrevistados eu pergunto se há animais cujas necessidades de adoção sejam especiais e a dificuldade se mostre maior que na maioria dos casos. Sempre levamos para o Pet a Pet com o Zeus, como sabem todos que nos acompanham. Eu ia fazer diferente dessa vez e colocar a entrevista do Zeus junto com esta, mas mudamos de ideia, não é Zeus? Em breve vamos divulgar o Pet a Pet do Zeus com o Bob e a Bia e suas AUnotações e considerações a respeito deste caso. Antecipo que esses dois só podem ser adotados juntos.

Até mais ver!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Plano de Saúde para Cães e Gatos




Mais uma matéria do Cãopetente para o espaço de saúde animal "Tô mAU", mas na verdade com informações para nosso amigão de quatro patas ficar muito bem. 

Hoje, nosso objetivo é mostrar mais uma prestação de serviço oferecida no mercado pet; porém, creio que posso afirmar diante de algumas pesquisas que fiz, são mais presentes nas capitais e grandes centros. Empresas e clínicas veterinárias apresentam modalidades diversas de planos de saúde ou pacotes que prometem mais economia e praticidade em especialidades e tratamentos para os nossos animais. Uma rápida busca pela internet aponta para algumas opções.

A decisão em se contratar um plano de saúde é bastante pessoal e dependerá primeiramente das condições do animal e logicamente do orçamento familiar. Os gastos com animais de estimação são cada vez mais crescentes em todos os setores. Higiene, alimentação, diversão, e com a saúde não é diferente. Baseado numa pesquisa realizada em São Paulo, pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação, a Abinpet, “o gasto médio com cães pode chegar, mensalmente, a cerca de R$ 308 para os donos de raças de grande porte, valor que inclui ração, vacinas, banho, tosa, controle de pulgas, entre outros cuidados. Já as raças pequenas não exigem mais de R$ 133.” Hoje temos à disposição dos nossos pets, médicos veterinários especialistas em maior número e que investem não só na especialização, como também em equipamentos e procedimentos mais modernos e eficientes. Todos nós queremos mais e mais opções para nossos amiguinhos peludos, mas sabemos que tudo isso tem um custo e dependendo da situação, muito alto.

A empresa Dog Life foi uma sugestão feita por uma entrevistada do blog Cãopetente que comentou ter optado pela contratação de um plano de saúde depois que passou a ter dois cães em casa. Sugestão de entrevista excelente para termos a oportunidade de mostrar o que uma empresa como essa oferece.

Para contratar um plano de saúde para o Zeus, eu avaliaria, além das condições de saúde dele, os períodos de carência, a quantidade de profissionais e especialidades oferecidos, e logicamente os gastos que tenho atualmente com o ‘filhotão’. A idade ou a quantidade de animais que temos sob nossa responsabilidade, podem ser fatores importantes nessa decisão. O fato é que essa é mais uma alternativa para os nossos pets.

Dog Life possui clínicas e profissionais credenciados em Belo Horizonte e Brasília

Segundo a administradora de empresas e sócia da Dog Life, Luciana Gusmão Badaró, 34 anos, a empresa surgiu para atender “a necessidade dos proprietários de cães e gatos que, muitas vezes, não tinham condições de cuidar de seu animal da maneira que gostariam”. Luciana e a publicitária Ana Luiza Ziller, 35 anos, estão no mercado há mais de seis anos. A Dog Life possui mais de 130 estabelecimentos credenciados em Belo Horizonte e Brasília.

Para aqueles que possuem o plano de saúde da Dog Life, são oferecidos descontos em serviços de hotel, banho e tosa, serviços fotográficos e até mesmo cemitério, ente outros. Luciana explicou que “em todos os planos o cliente terá direito a consultas, as vacinas obrigatórias (V8/V10), antirrábica e tríplice/quadrupla felina) e diversos exames laboratoriais. No plano mais completo oferecemos ainda vacina contra gripe canina, leishmaniose, eletrocardiograma, ultrassonografia, tratamento odontológico, procedimentos cirúrgicos diversos, assistência pré-natal, entre outros”.

 No site da Dog Life - http://www.doglife.com.br/ - é possível fazer uma simulação dos planos. Os preços variam nas cidades. Mas o menor plano fica por R$ 29,90 em Belo Horizonte. “A empresa atende cães e gatos de todas as raças e idades. A idade não interfere no valor do plano. Ele é calculado através do peso do animal”, explicou Luciana, que ainda ressaltou que a empresa “dispõe da maior e melhor rede de estabelecimentos credenciados do ramo veterinário. Disponibiliza vantagens exclusivas aos seus clientes, como microchipagem (identificação eletrônica) gratuita, e mantém parcerias para a concessão de descontos na aquisição de produtos e serviços para animais de estimação em diversos pontos comerciais das cidades.”

Para que tenham uma ideia dos custos, fiz uma simulação para o Zeus nas quatro modalidades oferecidas pela Dog Life, em Belo Horizonte. Zeus, como muitos já sabem, é um labrador. Em fevereiro completará dois anos e pesa entre 32 e 34 quilos.

No plano mais básico, o Soft, seriam pagos R$ 35,90 mensais. Nos planos Standart, Smart e Master os valores seriam, respectivamente, R$ 65,90, R$ 119,90 e R$ 155,90.

 Tabela de Planos de Saúde - Dog Life


Plano Soft


Plano Standart

Plano Smart

Plano Master
Consultas, exames laboratoriais, vacinas antirrábica, V8/V10, Tríplice/quádrupla felina.

consultas em consultório ou domiciliar, vacinas antirrábica, V8/V10, Tríplice/quádrupla felina, exames laboratoriais, ultrassonografia, radiografia, 7 diárias de internação por ano e anestesias.

consultas em consultório ou domiciliar,  vacinas antirrábica, V8/V10, Tríplice/quádrupla felina e de gripe canina, exames laboratoriais, eletrocardiograma, radiografia, ultrassonografia, 10 diárias de internação por ano, anestesias, procedimentos cirúrgicos e tratamento odontológico.

consultas em consultório ou domiciliar, vacinas antirrábica, V8/V10, Tríplice/quádrupla felina, gripe canina e leishmaniose, exames laboratoriais, eletrocardiograma, radiografia, ultrassonografia, 12 diárias de internação por ano, anestesias, procedimentos cirúrgicos, assistência pré-natal, assistência ao parto e tratamento odontológico.
A mostra as diferenças entre os planos oferecidos pela Dog Life e foi baseada nas informações passadas por Luciana Gusmão Badaró. 

Ainda de acordo com Luciana Gusmão, “todos os procedimentos oferecidos pela Dog Life possuem um período de carência. O tempo mínimo é o da consulta, que são 30 dias. No caso de doenças pré-existentes, os procedimentos relacionados à doença tem seu período de carência estendido para um ano. Há descontos para quem possui mais de um animal. Os descontos variam entre 5% e 15% dependendo da quantidade de animais.”

E para a próxima?

Está chegando o Natal, as férias e com esse período inicialmente só feliz, vem uma triste realidade: o abandono de animais. Para quem acompanha nas redes sociais ou convive com algum protetor de animais, é recorrente a afirmação de que essa época é uma das mais críticas. Vamos conversar então com Adriana Khalyly. No quesito animais, acho que posso afirmar que Adriana é multifuncional. É pet sitter, dog walker e oferece serviço de hotelzinho. E tem mais: é defensora de animais.

Até mais ver!



sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Seu animalzinho está dodói? 

Dor na coluna? 

Artrite ou artrose?



Fisioterapia nele!


"A Fisioterapia Veterinária em pequenos animais é uma realidade recente no Brasil e representa a busca dos avanços já alcançados na Fisioterapia Humana. No Brasil essa atividade começou por volta de 1999, como uma técnica muito limitada de atendimento em domicílio. Em 2003 foi inaugurado o primeiro centro exclusivo para reabilitação animal (VET SPA). Desde 2004, com a criação da Associação Nacional de Fisioterapia Veterinária (ANFIVET) e também com o Simpósio Nacional de Fisioterapia Veterinária a especialidade vem ganhando forças no âmbito Nacional." (Texto retirado do blog: http://vetsocietybh.blogspot.com.br/.)


Muitos profissionais buscando por especializações e nós agradecemos. Várias especialidades que encontramos para o tratamento dos nossos problemas de saúde, estão disponíveis hoje para os nossos animais de estimação. A entrevistada do Cãopetente, a médica veterinária Brenda Costa Silva Fruk Guelfi, irá explicar um pouco mais sobre a especialidade de Fisioterapia e Reabilitação Animal.



Dra. Brenda é graduada pela PUC-Minas, possui cursos de Fisioterapia Veterinária na Clínica Vetspa em São Paulo, estágio na área de Fisioterapia no HospitalVeterinário Intensivet e pós-graduação em Fisioterapia Veterinária no InstitutoBioethicus em Botucatu-SP.


 A médica veterinária decidiu pela especialização em Fisioterapia e Reabilitação Animal porque “queria desenvolver um trabalho inovador, em uma área em expansão que promovesse uma melhora na qualidade de vida dos animais.”



Cãopetente - O que abrange a Fisioterapia e Reabilitação Animal?



Brenda Guelfi - Reabilitação no pós-operatório, principalmente, ortopédico e neurológico, atividades que visam perda de peso em pacientes obesos, melhora da dor em pacientes com problemas ortopédicos crônicos, melhora da dor neuropática e da qualidade de vida de pacientes idosos.



Cãopetente - As técnicas aplicadas em animais são adaptações de fisioterapias em humanos?



Brenda Guelfi  - Como os estudos são realizados em humanos, as técnicas são baseadas naquelas utilizadas em nós, porém adaptadas aos animais, respeitando as particularidades anatômicas e também o comportamento do animal.





Cãopetente - Quais são as modalidades aplicadas na fisioterapia animal?



Brenda Guelfi  - Hidroesteira (esteira aquática), hidroterapia, cinesioterapia, massoterapia, pista de obstáculos, laser terapêutico, ultrassom terapêutico, TENS (Transcutaneous Electrical Nervous Stimulation), FES (Functional Electrical Stimulation), pista de Propriocepção, eletroterapia, termoterapia e crioterapia.


 Cãopetente - Quais animais podem ser atendidos em sua clínica?



Brenda Guelfi  - Cães e  gatos. Mas pela estrutura da clínica dá para atender qualquer animal de pequeno porte.



Cãopetente - Quais os principais tipos de traumas, disfunções ou de problemas ósseos que são

tratados com a fisioterapia?



Brenda Guelfi  - Discopatias, patologias medulares, fraturas, patologias ortopédicas e neurológicas, artrites, artroses, síndrome vestibular, lesão de nervo periférico, displasia coxofemoral, luxação de patela, ruptura total e parcial de ligamento cruzado, displasia de cotovelo, obesidade, cinomose entre outras.



Cãopetente - A fisioterapia também é eficiente no caso de doenças musculares?



Brenda Guelfi -  A fisioterapia também é eficiente em contraturas e estiramentos musculares, trigger points1 e miosites2.

1. Saiba mais sobre trigger pointes: http://www2.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/CA/CA_01463.pdf
2 - Saiba mais sobre miosiste: http://www.ehow.com.br/quais-causas-miosite-canina-lista_119460/



 Cãopetente - Há alguma doença que possa ser mais recorrente em uma determinada raça, para a qual possa ser utilizada alguma técnica de fisioterapia com a finalidade preventiva?



Brenda Guelfi - Em raças de pequeno porte é comum o desenvolvimento de Hansen tipo II, que é a Hérnia de disco. Para prevenção, deve se mudar o manejo, equilibrar a dieta para evitar o sobrepeso, o piso em que o animal vive deve ser áspero, rústico para que diminua o desgaste articular, evitar que o animal suba e desça escadas com muita frequência, evitar que eles pulem de sofás e camas, pois como são quadrúpedes a sobrecarga na coluna e nas articulações no geral é maior do que em nós que somos bípedes.





Cãopetente - Com a aplicação da fisioterapia o uso de medicamentos pode ser diminuído? Se sim, qual seria, nesse caso, o benefício para o animal?



Brenda Guelfi  - A fisioterapia diminui a dor, o edema e a inflamação, reduzindo o consumo de anti-inflamatórios e analgésicos, alguns dos quais possuem efeitos deletérios ao sistema renal e gastrointestinal. Além dos benefícios aos animais em tratamento, existe uma redução significativa no custo total do tratamento, pela redução do uso desses medicamentos.


 Cãopetente – Quais as principais patologias que chegam até sua clínica?



Brenda Guelfi - Hérnia de disco, luxação de patela, pós-operatório de ruptura de ligamento cruzado caudal. E vale a pena ressaltar que dependendo da patologia deve se associar técnicas terapêuticas como fisioterapia e acupuntura para que tenha um resultado mais eficaz e satisfatório.




Para quem se interessar em saber mais sobre os termos técnicos e as patologias citadas na entrevista, há muitas informações complementares na página da Dra. Brenda. É só acessar o link:  http://vetsocietybh.blogspot.com.br/

Vários pacientes lindos, além desses que postamos também podem ser conhecidos em sua página no Facebook: Brenda Vetsociety Fisioterapia e Reabilitação Animal



A clínica VetSociety Fisioterapia e Reabilitação Animal da Dra. Brenda fica em Belo Horizonte.



Endereço: Rua dos Timbiras, 637, Bairro Funcionários (próximo ao Colégio Arnaldo).

Telefones: (31) 25158674 e (31) 99214435

Email: vetsocietybh@yahoo.com.br




Métodos de aplicação da fisioterapia animal

 

Eletroterapia

- Uso de correntes elétricas para aliviar a dor ou promover o fortalecimento muscular. Na medicina veterinária utilizamos principalmente as técnicas de TENS e Corrente Interferencial para aliviar a dor nos animais . No caso de fortalecimento, podemos utilizar FES/NMES e corrente Russa. Estas técnicas tem grande auxílio em perdas de massa muscular, seja por problemas ortopédicos como cirurgias, ou neurológicos como animais com paralisias.



Cinesioterapia



- São alongamentos e exercícios terapêuticos. Essenciais no processo de reabilitação, as técnicas são adaptadas para a fisioterapia veterinária. Os exercícios podem ser ativos, quando o animal executa o movimento, assistidos ou até mesmo passivos, quando o fisioterapeuta faz o movimento. É amplamente usado em animais com problemas ortopédicos e neurológicos, sendo que podemos usar bolas, pranchas, pistas, cones e outros acessórios para nos ajudar nos exercícios.



Laserterapia



O Laser tem efeito antinflamatório e analgésico. Promove ainda o aumento do metabolismo celular, e ajuda na cicatrização de feridas e promove a reparação tecidual. Pós-operatórios ortopédicos e neurológicos são muito beneficiados com a aplicação do Laser.



Magnetoterapia



Campos magnéticos pulsáteis são muito utilizados na fisioterapia veterinária. Dores agudas e crônicas, artroses e problemas de coluna são os mais beneficiados. Além disso, tem efeitos de relaxamento geral e liberação de endorfinas, o que confere sedação e bem estar ao animal durante e após a sessão.



Ultrassom



O ultrassom, muito conhecido na fisioterapia humana, também pode ser aplicado nos animais. Ele é muito utilizado em pós-operatórios ortopédicos, sendo que pode desinflamar e ajudar na readaptação  tecidual. Promove a regeneração dos tecidos e ainda tem efeitos muito benéficos em processos  inflamatórios articulares como nas artroses.



Massoterapia



A aplicação de massagem tem grande uso na fisioterapia animal. O ciclo dor-tensão-dor é uma das grandes indicações das técnicas de massagem, principalmente em problemas de coluna, comuns na rotina clínica. A massoterapia resulta em diminuição de tensão muscular e consequente diminuição da dor, quebrando este ciclo. Além disso, a massagem aumenta o fluxo sanguíneo local, proporcionando uma melhor oxigenação e também retirada de resíduos metabólicos (aumenta drenagem venosa e linfática ), o que auxilia o retorno à função muscular e assim grande alívio. Este aumento na circulação leva também ao aumento da temperatura local e da elasticidade muscular, acelerando sua recuperação. Em muitos casos, problemas musculares vêm associados à adesões e contraturas musculares (nódulos), que podem ser mobilizados e desfeitos com sessões de fisioterapia animal com massagem. Por último, a massoterapia libera endorfinas, o que confere um efeito relaxante natural à técnica, além de ser muito prazerosa.



Hidroterapia



A hidroterapia consiste no uso da água como forma de tratamento, terapia. Para os animais  normalmente as formas aplicáveis são a natação e a esteira aquática. Esta técnica promove diversos efeitos benéficos nos animais, desde fisiológicos até psicológicos. Tendo em vista que na água reduz-se o peso do animal e o impacto do exercício, obtém-se as vantagens desta terapia. A terapia na água promove aumento na circulação, diminuição da dor, aumento da flexibilidade e mobilidade, fortalecimento de tônus muscular e ainda um grande incremento no equilíbrio, coordenação e manutenção de postura. Um animal paralisado dos membros posteriores, por exemplo, na água ganharia mobilidade e possibilidade de realizar diversos exercícios que em solo seriam impossíveis. Além disso, a água também funciona como um ótimo estímulo sensorial e proprioceptivo, e que complementa perfeitamente a terapia do paciente. A água aquecida, promove o relaxamento muscular e aumento de circulação, ajudando muito em contraturas, alívio de dor e relaxamento geral do animal. O exercício na água também permite a correção de posturas inadequadas, uso de membros atrofiados e fortalecimento muscular sem impacto em articulações. Os efeitos psicológicos não podem ser descartados. O próprio alívio da dor já promove o bem estar e melhoria da qualidade de vida, mas com certeza a mobilidade que o animal ganha na água faz com que adquira a confiança e a independência muitas vezes necessária para voltar a andar. Em muitos casos, o animal tem medo de apoiar uma pata por trauma psicológico com a mesma, e na água perde este medo apoiando espontaneamente. Por fim, a hidroterapia pode ser usada como um artifício para promover o emagrecimento e fitness do animal. A perda de calorias é considerável, um programa de emagrecimento e fortalecimento tem grandes avanços utilizando-se a água.





E a próxima?

Vocês já pensaram em contratar um plano de saúde para seu bichinho? Conversamos com uma empresa de planos de saúde que opera em Belo Horizonte e Brasília. Esse será nosso próximo papo.

Até mais ver!