Histórias de amor.
Adoção, cuidados e responsabilidade.
Seis cães e uma proprietária que merece ser chamada de ser HUMANO!
Na prática, o que é ter amor pelos animais? Zelo é
uma das respostas. Quando enviei as perguntas para Rosimery da Silva Garcia,
para conhecer a história dos seus bichos adotados, ela rapidamente me deu
retorno e disse: “Ainda não respondi, pois a minha Mila, a que adotei
através da página "Amizade é um Luxo”, está meio doentinha e estou me
dividindo entre o trabalho e ela”.
Alguém tem alguma dúvida de que eu confirmei que a prioridade
era a Mila? Isso é uma adoção responsável. A intenção que temos com entrevistas
como essa é sensibilizar muita gente, mas muita gente mesmo, que tem animais por
todos os motivos, menos os corretos. Para satisfazer o desejo dos filhos, para que
o cão se torne ‘guarda’ da casa, para realizar um impulso passageiro, com todas
as finalidades possíveis. E por isso mesmo, essas pessoas,
todas elas, acabam incorrendo no mesmo erro. Esquecem que ter um bicho em casa,
implica em zelo, responsabilidade com o bem-estar e a saúde do animal, cuidados
com sua educação para prevenir problemas comportamentais, gastos, tempo, enfim,
mil vezes já disse, mil vezes repetirei: um animal é uma vida. Não é e não pode
ser descartado e nem maltratado.
Outro dia ouvi um ‘pai’ dizer que está deixando seus filhos terem
cachorro, mas que o ‘problema’ é deles, porque nem de cachorro ele gosta. Que
espécie de pai ou de ser humano é esse? Quais valores são ensinados aos seus
filhos? Os filhos em questão são crianças e adolescentes que, obviamente, não
tem recursos, responsabilidade e não tem orientação para cuidar de outro ser
vivo. E é por causa de gente desse tipo que assistimos diariamente as ruas
lotadas de animais abandonados, maltratados e com problemas de saúde. E ainda
preciso contar mais a vocês: nessa mesma conversa, um outro emendou: ‘esses
bichos causam muitas doenças’. Caramba! As pessoas não enxergam que a
responsabilidade total sobre as doenças transmitidas pelos animais é delas
próprias. De todos que não os vacinam, daquelas pessoas que literalmente jogam fora
seus animais nas ruas... Qualquer ser humano transmite doenças se não receber
cuidados com a saúde, não é mesmo? Com os animais seria diferente, por quê?
Nem vou discorrer mais sobre isso, porque quem acompanha o Cãopetente
deve imaginar que não foi nem amor e nem compreensão que eu senti ouvindo tanta
barbaridade e besteira. Foi uma revolta imensa por ver tanta ignorância nesse
mundo de meu Deus. E outra, por muitas pessoas eu sou vista como uma E.T., porque cuido com amor e
responsabilidade do meu Zeus e porque jogo em cima desses seres meus discursos a favor do bom
senso. Nem ligo, obviamente.
Em contrapartida, imagino que vocês irão se emocionar com as atitudes da
Rosemery, como eu me emocionei. Sem nenhum tipo de sentimentalismo, foi
inevitável não derramar lágrimas quando li em que condições a Rose adotou
alguns dos seus cães. Encantei-me com sua disponibilidade e amor. E vocês
também se encantarão.
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Mila, Rose e muito amor. |
Do total de seis cães da Rose, três são adotados. O Zeus vai entrevistar
estes, pois o objetivo é mostrar a todos o quanto é valiosa a decisão de cuidar
dos animais abandonados que precisam de corações disponíveis. Mas sabemos que
os outros três possuem o mesmo espaço no coração da Rose e ficamos muito
felizes de constatar que independente de como foram parar na vida dela, são
todos os animais muito amados e bem cuidados.
Rosemery, 47 anos, é Atendente e Promotora de Vendas. Moradora de
Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, também se apaixonou por um daqueles
animais que a fotógrafa Yara Guimarães deixa lindos para adoção. Saiu da sua
cidade e adotou a Mila por ter se comovido com sua história. Por causa da Mila
que conhecemos a Rose. Mas quando o Zeus soube da história, decidiu conversar
também com o Duque e a Nina.
Cãopetente
– Quantos
animais ao todo você possui?
Rosemery
Garcia – Tenho seis, sendo três adotados. A Mila que tem entre três e quatro
anos; o Duque, com 10 a 12 anos de idade; a Nina possui uns quatro meses; além
da Mimi, 9; a Perla, três anos e o Bobinho, com dois.
Cãopetente – Rose,
você tem vários cães e saiu de Cachoeiro de Itapemirim para adotar mais um em
Vila Velha. Tem outro que pegou no município de Serra. Por que decidiu por
essas adoções?
Rosemery Garcia – Todo ser vivo é digno de amor
e respeito. Os cães falam da maneira deles, possuem uma linguagem própria. Mas
quando se cortam eles sangram como qualquer um. É uma vida. Sentem dor e a
tristeza do abandono. As pessoas precisam aprender o sentido das palavras amor,
amizade, respeito. Precisam olhar com o coração. Adotar é um gesto de amor. Pegar
um animal de rua, levar pra casa, cuidar, dar banho e carinho são provas vivas
que temos humanidade. Esse amor é retribuído todos os dias de nossas vidas.
Diariamente quando chego em casa eu constato: Meu Deus, como valei à pena ter
os meus filhos! Faria tudo novamente.
Cãopetente - Como você viu a iniciativa da Yara Guimarães
em produzir e fotografar os animais para adoção?
Rosemery Garcia – A Yara tem essa alma
abençoada que permite que ela veja, através dos olhos destes anjos de quatro
patas, as necessidades de cada um. Um ser iluminado que com seu gesto de amor, aumentou
a oportunidade de muitos serem adotados por gente do bem. Isso é o mais
importante.Atingir a alma do ser humano. Ela faz isso muito bem. Acho lindo o
que ela faz. É pura mágica. Ela consegue mostrar o quanto eles são lindos.Não é
a raça ou pedigree que os faz bonitos, mas os olhos que conseguem enxergar a
alma desse ser vivo. A Yara faz isso não como um trabalho. É um lindo
gesto de amor para ajudar a muitos a conseguirem um lar.
Cãopetente – Quais foram os procedimentos
junto ao Centro de Controle de Zoonoses de Vila Velha, para que você pudesse
adotar a Mila?
Rosemery Garcia – Quando adotei eles pediram a Carteira de Identidade e que eu assinasse um termo de responsabilidade. Me
comprometi a postar fotos no Facebook para eles virem a Mila. Há alguns dias me
ligaram para saber noticias. Acho super correto. As pessoas deveriam respeitar
e honrar o que assinam. Às vezes pegam um animal, levam para casa e depois devolvem,
esquecendo-se o quanto eles já sofreram. No inicio é uma adaptação para ambas
as partes.
Cãopetente – Como se sente adotando um
animal com deficiência, escolha pouco comum e como é a convivência da Mila com os
outros cães?
Rosemery Garcia – Lembro que a funcionária do
CCZ de Vila Velha disse que se não fosse por mim a Mila iria viver o resto da
vida ali. A Yara passou na foto o que mais eu procurava. Não era a
Mila que precisava de mim, eu precisava muito dela. Ela fez tanto sentido na
minha vida, que eu não consigo expressar em palavras. Ela ficou doente há
poucos dias e juro que fiquei sem condições, arrasada. Mas agora a minha Mila
está muito bem. Graças a Deus. Com a Mila eu preciso sempre ter um cuidado mais
especial.
A
convivência é tranquila porque estou morando sozinha. Decisão esta que precisei
tomar, pois minha mãe é idosa e ficou com medo de algum dos meus cães estranhar
o choro da minha neta que vai chegar em dezembro. Eu entendi o lado dela e então
preferi arrumar um lugar para mim e meus filhos do coração.
Cãopetente – Como é a sua vida com seus
‘filhos do coração’?
Rosemery Garcia
– Minhas folgas e finais de semana são dedicados somente para eles. Ao
lado deles sou muito feliz e por causa deles me tornei um ser humano melhor. Muitas
vezes as pessoas falam que eles seriam felizes num espaço maior... O importante
é que não estão sozinhos, temos um ao outro. É fácil falar para adotar, mas é
preciso ter raça para fazer isso. Porque o amor e a retribuição que temos é
imensa e muitas pessoas não sabem lidar com estes sentimentos. A minha rotina é
complicada porque trabalho de segunda a sábado. Mesmo assim fico à noite com
eles, conversamos, brincamos e dormimos seguros e felizes. Nossos passeios são somente
nas minhas férias. Aonde um vai, todos vão.
Não há
muito o que comentar, não é mesmo? A Rose
merece todos os carimbos de CÃOPETENTE.
Pet a Pet
O Zeus
conversou pelo Facebook, ao mesmo tempo com a Mila, o Duque e a Nina. Esse
labrador está ficando bastante um expert
em redes sociais. rsrs
Zeus – Olá ‘cãopanheiros’! Nunca
conversei com tantos cães assim, ao mesmo tempo.
Nina – Ei Zeus, ei Zeus!! Olha eu
aqui. Está me vendo? Eu to pulando. Sou pequenina. Eu to feliz. Está vendo meu
rabinho? Me dá um brinquedinho?
Duque - Desculpe a Nina Zeus. Ela é uma criança e quer
falar e fazer tudo de uma vez só. Eu que sou mais velho, às vezes não consigo
acompanhar. Auuuuu
|
Olha o Duque aí tomando um bom banho! |
Zeus – Ei Nina! Que bom que está
feliz. Au au. Seu rabinho parece que deu corda. Au au. Duque, esquenta não, meu
camarada. Todo filhote é assim mesmo. Cá para nós, a minha ‘dona de estimação’
costuma dizer que sou um filhotão. Eu não concordo, pois sou um adolescente
muito disciplinado. Mas ela insiste em dizer que sou um eterno filhote... cain
Mila – Olá Zeus. É um prazer falar
com você. Minha mãe do coração me explicou que com essas entrevistas, você quer
mostrar às pessoas a importância de adotar um animal. E eu posso afirmar: se
não fosse minha mãe Rose acho que ninguém ia me querer...
Zeus - Não fale assim, Mila. Você é tão legal, tão
linda...
Mila – Obrigada pelo elogio. Mas é
verdade. Por causa das minha limitações, muita gente ia pensar duas vezes, pois
dou mais trabalho que os outros cães. Mas tive muita sorte.
Duque – Nós tivemos muita sorte. Todos
nós. Somos em seis aqui na casa. Mas eu, a Mila e a Nina fomos adotados de
maneira bastante especial.
Nina – Eu? Falou meu nome? Quer
brincar? Joga a bolinha...
Mila – Essa Nina... au au
Zeus – Então vamos fazer assim.
Primeiro eu converso com você, Mila, depois com o Duque e depois com a Nina,
ok? Mila, conte sua história para nós.
Mila – Bem Zeus, eu não consigo
movimentar minhas patinhas traseiras, porque saí correndo atrás do meu antigo
dono numa avenida muito movimentada de Vila Velha. Infelizmente um carro me
pegou. Foi assim: o meu antigo dono não quis ficar comigo. Não sei porque. Ele
me levou para um lugar chamado CCZ. Só que, chegando lá, a equipe do CCZ explicou para ele que lá só
aceitavam animais com problemas e que haviam sido resgatados e sugeriram que
ele me colocasse para adoção. Naquele momento eu não estava entendendo muito tudo
o que estava acontecendo. Achei até que ele estava me levando para brincar com
outros cachorrinhos, pois do portão eu escutava vários amigos latindo. Só que
de repente eu me vi sozinha no chão, na frente daquele lugar que eu não
conhecia. Achei que o meu dono tivesse me esquecido e saí correndo atrás dele.
Só que ele estava de bicicleta e eu tive de correr muito para alcançá-lo. Não
vi o carro...
Zeus – Pôxa, Mila. Que história
triste. E ele voltou para te socorrer?
Mila – Não Zeus. Mas veio um outro homem
que hoje é meu amigão. O nome dele é Ademir e ele trabalha lá no CCZ. Ele foi
meu herói. Parou os carros para salvar minha vida. E eu ganhei o nome de
Ademila em homenagem a ele. Naquele momento, se não fosse o Ademir, não sei o
que seria de mim. Senti muito medo. Procurei pelo meu dono, mas nunca mais o
vi. Hoje a Rose me chama apenas de Mila. Eu gosto muito. E nunca mais vou
me esquecer do Ademir. E mesmo tendo ficado com essa deficiência Zeus, prefiro muito
mais a vida que levo atualmente, do que aquela que levava com o moço que me
abandonou. Recebo muito carinho e agora até sei que ele não era muito
legal comigo. Mas isso é passado.
Zeus – É isso mesmo, Mila. Bola pra
frente. E quanto tempo você ficou no CCZ?
Mila – Eu fiquei mais ou menos um
ano. Mas antes da Rose ainda tive um outro lar. Até era bacana, mas devido às
minhas limitações não foi possível continuar por lá. Eu só ficava no quintal
com terra. Como eu arrasto as patinhas traseiras, naquele lugar eu me machucava
muito e isso poderia comprometer ainda mais a minha saúde. Quando uma outra
amiga minha que trabalha no CCZ foi lá me visitar e viu as condições em que eu
estava, me levou de volta.
Zeus – E você gostou das fotos que fez
para ser adotada?
Mila – E como! Au au au au. Me diverti
à beça naquele dia. Me enfeitaram toda, Nunca fiquei tão bonita. Foi por causa
dessa foto que a Rose se apaixonou por mim. Ela conta que, apesar de eu estar
linda, achou meu olhar triste, como se eu não tivesse esperança de ser adotada,
mesmo estando bonita daquele jeito. Ela ligou para o CCZ e saiu daqui de
Cachoeiro de Itapemirim, viajou mais de duas horas só para me buscar em pleno
domingo. Eu encontrei muita gente bacana no meu caminho. Mas hoje estou tão feliz!!! E ainda ganhei mais cinco irmãos.
Zeus – E como é sua rotina com a sua
nova família?
Mila – Minha mãe – agora tenho uma
mãe humana – é muito carinhosa comigo. E eu correspondo sendo sempre bastante
amorosa com ela. Sei que dou um pouco de trabalho. Ás vezes. Zeus, não consigo
controlar minhas vontades... Você entende, não é? E para uma dama isso é muito
mais complicado. Daí eu corro e me escondo, pois fico envergonhada. Mas minha
mãe toda vez me diz: “tudo bem amor, mamãe vai limpar. Fica triste não. Está
tudo bem. Mamãe está aqui para isso mesmo.” Quando ela diz isso, a minha
vergonha e até um pouquinho de medo dela brigar comigo passam. Eu saio correndo
(do meu jeitinho, né?) e a encho de carinho e muitas lambidas. Eu também tenho
um pouco de medo de vassoura. Quando a Rose pegava uma, eu achava que ia me
bater. Mas estou aprendendo que com ela não preciso ter esse receio. Encontrei
uma família feliz e uma mãe humana que me ama e cuida de mim.
Zeus – Pôxa Mila, estou impressionado
com sua história. Você também é muito valente.
Mila – Olhe Zeus, histórias como a
minha e até piores, são muitas. Lá no CCZ, a gente fica conhecendo tantos
animais que sofreram ainda mais que eu... Aqui mesmo dentro de casa, tem outra
história que você vai achar cruel. É a do Duquinho. Minha mãe chama o Duque
assim... au au. Mas essa eu vou deixar ele te contar.
Duque – Meu amigo, não quero que fique
impressionado coisa nenhuma. Tive a sorte de ser resgatado pela nossa mãe
humana, Rose. E isso é o que importa.
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Nós te achamos lindo, Duque!! |
Zeus – É verdade, Duque. Mas de onde
você veio? Qual a sua história, amigão?
Duque. Auuuuuuuuuuuuu. Desculpe Zeus.
Estou um pouco velho e sinto muito sono. Agora que estou mais idoso é que
consegui finalmente ter um pouco de paz e muito amor. Minha vida nunca foi
fácil. Eu morava no município de Serra. Minha mãe também foi longe para me
adotar. Eu estava condenado à morte. Queriam me matar a pauladas, só porque sou
velho e me achavam feio. Cain, cain, cain.
Fui resgatado e fiquei em um lar temporário para ser adotado. Não gosto de me
lembrar dessa história. Não enxergo muito bem e tenho problemas hormonais. Mas
hoje sou amado, respeitado e bem cuidado. Zeus, vou deixar a Nina falar com
você, porque ela não para de me morder e de puxar minha orelha. Não aguento esse
filhote.
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Esse Duque é um charme, não é não? |
Zeus – Duque, parabéns pela sua nova
família. Espero que, daqui pra frente, tudo seja muito bom na sua vida. Você
merece, ‘cãopanheiro’.
Nina – Agora sou eu? Agora sou eu?
Posso falar? Au au au au au au. Sei sentar, Zeus. Quer ver? Quer ver?
Zeus – Nina, você é super ativa,
garotinha. Pode falar. Onde sua mãe humana te encontrou.
Nina – Eu estava pelas ruas. Não sei
direito onde. Mas sou daqui mesmo, de Cachoeiro de Itapemirim. Quando a minha
mãe me achou eu era ainda menor. Me sentia sozinha e com medo. Mas não sabia
que ficar na rua era tão perigoso. Ficava vendo muitos humanos passando e
queria que brincassem comigo. Eu sentia mesmo era muita fome. Mas também dormia
muito. Acho que sou ainda mais sortuda, porque minha mãe me adotou novinha.
Hoje escuto meus ‘cãopanheiros’ contando suas história e vejo o quanto eu
poderia ter sofrido. Já está bom, Zeus? Agora podemos brincar?
Zeus – Au au au. Qualquer dia vou te
visitar e vamos brincar muito. Tenho alguns brinquedinhos que acho que vai gostar.
Galera, me despeço por aqui. Obrigado por terem contado para mim a vida de
vocês e espero conversar com todos em outra oportunidade. Mandem o meu
abraço apertado e canino para a Mimi, a Perla e o Bobinho, ok?
E o restante da família?
Essa família é muito grande e muito bonita.
Conhecemos um pouco da história desses três cães vitoriosos, mas a família
ainda tem a Perla, uma Chow Chow que a Rose ganhou de uma amiga. A Mimi é uma
Lhasa Apso e é considerada a lady da
casa. E o Bobinho é filho da Mimi, que ao contrário da mãe é o estressadinho da
família. Rsrsr. Isso significa que na verdade a Rose já é avó!!!!
De acordo
com Rosemery, a Perla é a mais reservada de todas, mas muito carinhosa. “A Perla é na dela, mas basta eu chegar que tenho que me abaixar
para ela lamber minha orelha. Isso é nossa rotina diária. Adora carinho na
barriga e nas orelhas.Todos os dias de manhã ela vai na beirada da cama e me dá
uma patada no rosto com carinho. Acho que quer dizer: Mãe, você não vai se
levantar? Estou apertada e com fome. E ela adora ficar na frente do ventilador.”
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Perla, a mais reservada da família. |
Já a Mimi foi um presente que a Rose decidiu dar para a filha, quando
esta teve um problema de saúde. “A Mimi foi um presente que dei a minha filha
quando ela ficou muito doente. Pesquisando sobre sua raça descobri que seria ideal. O comportamento da minha filha mudou muito. Ficou mais
responsável, cuidadosa, mais amorosa e começou a ver a vida com outros olhos. Onde ia, levava a Mimi. Se tornaram muito
unidas.”
Há um ano a Mimi deu um susto na família e quase morreu. A Rose contou
que a veterinária chegou a tirar as esperanças de todos. Rosemery mais uma vez
tomou a frente e pediu à veterinária para medicá-la em casa. Muita obstinação,
cuidado e amor, e a saúde da Mimi foi restabelecida. “Eu deitava com ela na
cama e a ninava no colo. Cantava, rezava e dormia abraçadinha com ela. Dava os
medicamentos rigorosamente. O amor faz milagres quando é verdadeiro.”
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A lady da casa merece mesmo esse título. Mimi estilosa. |
E claro que depois que a Mimi teve um único filhotinho, todos se
apaixonaram e ficaram com ele. A Rose teve até proposta para vendê-lo. Mas sua
resposta foi rápida: “filho não se vende”. O Bobinho, segundo o relato da Rose
foi castrado e adivinhem? Não ficou mais calmo. Rsrs. “O danadinho é
impossível. Super ativo. Nem castrando melhorou. Ao contrário, ele piorou.”
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O Bob é o filho travesso da Mimi. Travesso e lindo! |
|
Mimi e Perla. |
“Minha estrela do
céu”
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Luquinha, o companheiro de muitos momentos. |
Deixamos o Luquinha por último, mas não por ser menos importante. Ao
contrário. A Rose ressalta que esse poodle que ela diz que é a sua ‘estrela do
céu’, foi seu companheiro de todas as horas. Ganhou quando ainda era um filhote
e fez parte da sua vida durante 18 anos.
“Não poderia deixar de enviar a foto do meu pequeno anjo, que nunca será
esquecido. O meu Luquinha não poderia ficar de fora. Foi o companheiro
que esteve ao meu lado em todos os momentos. Quando tive câncer ele se deitava
ao meu lado e ficava quietinho. Mesmo estando cego, quando eu ia para o banheiro
ele se levantava e me seguia. Nunca me abandonou. Nada mais justo essa homenagem
ao meu lindo. A receita você já sabe ...AMOR!”
Rose concluiu nosso bate papo falando sobre todos os seus cães
com palavras que deveriam ser aprendidas por todos aqueles que insistem em
maltratar ou abandonar os animais.
“Todos eles são especiais. Cada um tem algo diferente do outro. Mas o
amor é inexplicável. São amigos fiéis. Nos amam por serem anjos de Deus. Se me
perguntar se eu faria isso tudo novamente, eu respondo: tudo!”
Bem, para quem sentiu falta de uma imagem da Nina, a Rose explicou que ela não para um segundo para posar para fotos. A gente fica esperando uma foto depois, não é?
No mais, acho que depois de tanta história emocionante, nada a declarar.
Até mais ver.