terça-feira, 12 de novembro de 2013

Histórias de amor. 


Adoção, cuidados e responsabilidade.




Seis cães e uma proprietária que merece ser chamada de ser HUMANO!

Na prática, o que é ter amor pelos animais? Zelo é uma das respostas. Quando enviei as perguntas para Rosimery da Silva Garcia, para conhecer a história dos seus bichos adotados, ela rapidamente me deu retorno e disse: “Ainda não respondi, pois a minha Mila, a que adotei através da página "Amizade é um Luxo”, está meio doentinha e estou me dividindo entre o trabalho e ela”.

Alguém tem alguma dúvida de que eu confirmei que a prioridade era a Mila? Isso é uma adoção responsável. A intenção que temos com entrevistas como essa é sensibilizar muita gente, mas muita gente mesmo, que tem animais por todos os motivos, menos os corretos. Para satisfazer o desejo dos filhos, para que o cão se torne ‘guarda’ da casa, para realizar um impulso passageiro, com todas as finalidades possíveis. E por isso mesmo, essas pessoas, todas elas, acabam incorrendo no mesmo erro. Esquecem que ter um bicho em casa, implica em zelo, responsabilidade com o bem-estar e a saúde do animal, cuidados com sua educação para prevenir problemas comportamentais, gastos, tempo, enfim, mil vezes já disse, mil vezes repetirei: um animal é uma vida. Não é e não pode ser descartado e nem maltratado.

A Mila, essa cadelinha linda, foi uma das modelos da fotógrafa Yara Guimarães
e conquistou o coração da Rosemery.
(http://www.caopetente.blogspot.com.br/2013/10/olha-o-passarinho-olhem-o-cachorrinho-o.html)
Outro dia ouvi um ‘pai’ dizer que está deixando seus filhos terem cachorro, mas que o ‘problema’ é deles, porque nem de cachorro ele gosta. Que espécie de pai ou de ser humano é esse? Quais valores são ensinados aos seus filhos? Os filhos em questão são crianças e adolescentes que, obviamente, não tem recursos, responsabilidade e não tem orientação para cuidar de outro ser vivo. E é por causa de gente desse tipo que assistimos diariamente as ruas lotadas de animais abandonados, maltratados e com problemas de saúde. E ainda preciso contar mais a vocês: nessa mesma conversa, um outro emendou: ‘esses bichos causam muitas doenças’. Caramba! As pessoas não enxergam que a responsabilidade total sobre as doenças transmitidas pelos animais é delas próprias. De todos que não os vacinam, daquelas pessoas que literalmente jogam fora seus animais nas ruas... Qualquer ser humano transmite doenças se não receber cuidados com a saúde, não é mesmo? Com os animais seria diferente, por quê?

Nem vou discorrer mais sobre isso, porque quem acompanha o Cãopetente deve imaginar que não foi nem amor e nem compreensão que eu senti ouvindo tanta barbaridade e besteira. Foi uma revolta imensa por ver tanta ignorância nesse mundo de meu Deus. E outra, por muitas pessoas eu sou vista como uma E.T., porque cuido com amor e responsabilidade do meu Zeus e porque jogo em cima desses seres meus discursos a favor do bom senso. Nem ligo, obviamente.

Em contrapartida, imagino que vocês irão se emocionar com as atitudes da Rosemery, como eu me emocionei. Sem nenhum tipo de sentimentalismo, foi inevitável não derramar lágrimas quando li em que condições a Rose adotou alguns dos seus cães. Encantei-me com sua disponibilidade e amor. E vocês também se encantarão.

Mila, Rose e muito amor.
Do total de seis cães da Rose, três são adotados. O Zeus vai entrevistar estes, pois o objetivo é mostrar a todos o quanto é valiosa a decisão de cuidar dos animais abandonados que precisam de corações disponíveis. Mas sabemos que os outros três possuem o mesmo espaço no coração da Rose e ficamos muito felizes de constatar que independente de como foram parar na vida dela, são todos os animais muito amados e bem cuidados.

Rosemery, 47 anos, é Atendente e Promotora de Vendas. Moradora de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, também se apaixonou por um daqueles animais que a fotógrafa Yara Guimarães deixa lindos para adoção. Saiu da sua cidade e adotou a Mila por ter se comovido com sua história. Por causa da Mila que conhecemos a Rose. Mas quando o Zeus soube da história, decidiu conversar também com o Duque e a Nina.

Cãopetente – Quantos animais ao todo você possui?

Rosemery Garcia – Tenho seis, sendo três adotados. A Mila que tem entre três e quatro anos; o Duque, com 10 a 12 anos de idade; a Nina possui uns quatro meses; além da Mimi, 9; a Perla, três anos e o Bobinho, com dois.

Cãopetente – Rose, você tem vários cães e saiu de Cachoeiro de Itapemirim para adotar mais um em Vila Velha. Tem outro que pegou no município de Serra. Por que decidiu por essas adoções?

Rosemery Garcia – Todo ser vivo é digno de amor e respeito. Os cães falam da maneira deles, possuem uma linguagem própria. Mas quando se cortam eles sangram como qualquer um. É uma vida. Sentem dor e a tristeza do abandono. As pessoas precisam aprender o sentido das palavras amor, amizade, respeito. Precisam olhar com o coração. Adotar é um gesto de amor. Pegar um animal de rua, levar pra casa, cuidar, dar banho e carinho são provas vivas que temos humanidade. Esse amor é retribuído todos os dias de nossas vidas. Diariamente quando chego em casa eu constato: Meu Deus, como valei à pena ter os meus filhos! Faria tudo novamente.

Cãopetente -  Como você viu a iniciativa da Yara Guimarães em produzir e fotografar os animais para adoção?

Rosemery Garcia – A Yara tem essa alma abençoada que permite que ela veja, através dos olhos destes anjos de quatro patas, as necessidades de cada um. Um ser iluminado que com seu gesto de amor, aumentou a oportunidade de muitos serem adotados por gente do bem. Isso é o mais importante.Atingir a alma do ser humano. Ela faz isso muito bem. Acho lindo o que ela faz. É pura mágica. Ela consegue mostrar o quanto eles são lindos.Não é a raça ou pedigree que os faz bonitos, mas os olhos que conseguem enxergar a alma desse ser vivo. A Yara faz isso não como um trabalho. É um lindo gesto de amor para ajudar a muitos a conseguirem um lar.

Cãopetente – Quais foram os procedimentos junto ao Centro de Controle de Zoonoses de Vila Velha, para que você pudesse adotar a Mila?

Rosemery Garcia – Quando adotei eles pediram a Carteira de Identidade e que eu assinasse um termo de responsabilidade. Me comprometi a postar fotos no Facebook para eles virem a Mila. Há alguns dias me ligaram para saber noticias. Acho super correto. As pessoas deveriam respeitar e honrar o que assinam. Às vezes pegam um animal, levam para casa e depois devolvem, esquecendo-se o quanto eles já sofreram. No inicio é uma adaptação para ambas as partes.

Cãopetente – Como se sente adotando um animal com deficiência, escolha pouco comum e como é a convivência da Mila com os outros cães?

Rosemery Garcia – Lembro que a funcionária do CCZ de Vila Velha disse que se não fosse por mim a Mila iria viver o resto da vida ali. A Yara passou na foto o que mais eu procurava. Não era a Mila que precisava de mim, eu precisava muito dela. Ela fez tanto sentido na minha vida, que eu não consigo expressar em palavras. Ela ficou doente há poucos dias e juro que fiquei sem condições, arrasada. Mas agora a minha Mila está muito bem. Graças a Deus. Com a Mila eu preciso sempre ter um cuidado mais especial.

A convivência é tranquila porque estou morando sozinha. Decisão esta que precisei tomar, pois minha mãe é idosa e ficou com medo de algum dos meus cães estranhar o choro da minha neta que vai chegar em dezembro. Eu entendi o lado dela e então preferi arrumar um lugar para mim e meus filhos do coração.

Cãopetente – Como é a sua vida com seus ‘filhos do coração’?

Rosemery Garcia  – Minhas folgas e finais de semana são dedicados somente para eles. Ao lado deles sou muito feliz e por causa deles me tornei um ser humano melhor. Muitas vezes as pessoas falam que eles seriam felizes num espaço maior... O importante é que não estão sozinhos, temos um ao outro. É fácil falar para adotar, mas é preciso ter raça para fazer isso. Porque o amor e a retribuição que temos é imensa e muitas pessoas não sabem lidar com estes sentimentos. A minha rotina é complicada porque trabalho de segunda a sábado. Mesmo assim fico à noite com eles, conversamos, brincamos e dormimos seguros e felizes. Nossos passeios são somente nas minhas férias. Aonde um vai, todos vão.

Não há muito o que comentar, não é mesmo?  A Rose merece todos os carimbos de CÃOPETENTE. 

Pet a Pet

O Zeus conversou pelo Facebook, ao mesmo tempo com a Mila, o Duque e a Nina. Esse labrador está ficando bastante um expert em redes sociais. rsrs

Zeus – Olá ‘cãopanheiros’! Nunca conversei com tantos cães assim, ao mesmo tempo.

Nina – Ei Zeus, ei Zeus!! Olha eu aqui. Está me vendo? Eu to pulando. Sou pequenina. Eu to feliz. Está vendo meu rabinho? Me dá um brinquedinho?

Duque -  Desculpe a Nina Zeus. Ela é uma criança e quer falar e fazer tudo de uma vez só. Eu que sou mais velho, às vezes não consigo acompanhar. Auuuuu

Olha o Duque aí tomando um bom banho!
Zeus – Ei Nina! Que bom que está feliz. Au au. Seu rabinho parece que deu corda. Au au. Duque, esquenta não, meu camarada. Todo filhote é assim mesmo. Cá para nós, a minha ‘dona de estimação’ costuma dizer que sou um filhotão. Eu não concordo, pois sou um adolescente muito disciplinado. Mas ela insiste em dizer que sou um eterno filhote... cain

Mila – Olá Zeus. É um prazer falar com você. Minha mãe do coração me explicou que com essas entrevistas, você quer mostrar às pessoas a importância de adotar um animal. E eu posso afirmar: se não fosse minha mãe Rose acho que ninguém ia me querer...

Zeus -  Não fale assim, Mila. Você é tão legal, tão linda...

Mila – Obrigada pelo elogio. Mas é verdade. Por causa das minha limitações, muita gente ia pensar duas vezes, pois dou mais trabalho que os outros cães. Mas tive muita sorte.

Duque – Nós tivemos muita sorte. Todos nós. Somos em seis aqui na casa. Mas eu, a Mila e a Nina fomos adotados de maneira bastante especial.

Nina – Eu? Falou meu nome? Quer brincar? Joga a bolinha...

Mila – Essa Nina... au au

Zeus – Então vamos fazer assim. Primeiro eu converso com você, Mila, depois com o Duque e depois com a Nina, ok? Mila, conte sua história para nós.

Mila – Bem Zeus, eu não consigo movimentar minhas patinhas traseiras, porque saí correndo atrás do meu antigo dono numa avenida muito movimentada de Vila Velha. Infelizmente um carro me pegou. Foi assim: o meu antigo dono não quis ficar comigo. Não sei porque. Ele me levou para um lugar chamado CCZ. Só que, chegando lá, a equipe do CCZ explicou para ele que lá só aceitavam animais com problemas e que haviam sido resgatados e sugeriram que ele me colocasse para adoção. Naquele momento eu não estava entendendo muito tudo o que estava acontecendo. Achei até que ele estava me levando para brincar com outros cachorrinhos, pois do portão eu escutava vários amigos latindo. Só que de repente eu me vi sozinha no chão, na frente daquele lugar que eu não conhecia. Achei que o meu dono tivesse me esquecido e saí correndo atrás dele. Só que ele estava de bicicleta e eu tive de correr muito para alcançá-lo. Não vi o carro...

Zeus – Pôxa, Mila. Que história triste. E ele voltou para te socorrer?

Mila – Não Zeus. Mas veio um outro homem que hoje é meu amigão. O nome dele é Ademir e ele trabalha lá no CCZ. Ele foi meu herói. Parou os carros para salvar minha vida. E eu ganhei o nome de Ademila em homenagem a ele. Naquele momento, se não fosse o Ademir, não sei o que seria de mim. Senti muito medo. Procurei pelo meu dono, mas nunca mais o vi. Hoje a Rose me chama apenas de Mila. Eu gosto muito. E nunca mais vou me esquecer do Ademir. E mesmo tendo ficado com essa deficiência Zeus, prefiro muito mais a vida que levo atualmente, do que aquela que levava com o moço que me abandonou. Recebo muito carinho e agora até sei que ele não era muito legal comigo. Mas isso é passado.

Zeus – É isso mesmo, Mila. Bola pra frente. E quanto tempo você ficou no CCZ?

Mila – Eu fiquei mais ou menos um ano. Mas antes da Rose ainda tive um outro lar. Até era bacana, mas devido às minhas limitações não foi possível continuar por lá. Eu só ficava no quintal com terra. Como eu arrasto as patinhas traseiras, naquele lugar eu me machucava muito e isso poderia comprometer ainda mais a minha saúde. Quando uma outra amiga minha que trabalha no CCZ foi lá me visitar e viu as condições em que eu estava, me levou de volta.

Zeus – E você gostou das fotos que fez para ser adotada?

Mila – E como! Au au au au. Me diverti à beça naquele dia. Me enfeitaram toda, Nunca fiquei tão bonita. Foi por causa dessa foto que a Rose se apaixonou por mim. Ela conta que, apesar de eu estar linda, achou meu olhar triste, como se eu não tivesse esperança de ser adotada, mesmo estando bonita daquele jeito. Ela ligou para o CCZ e saiu daqui de Cachoeiro de Itapemirim, viajou mais de duas horas só para me buscar em pleno domingo. Eu encontrei muita gente bacana no meu caminho. Mas hoje estou tão feliz!!! E ainda ganhei mais cinco irmãos.

Zeus – E como é sua rotina com a sua nova família?

Mila – Minha mãe – agora tenho uma mãe humana – é muito carinhosa comigo. E eu correspondo sendo sempre bastante amorosa com ela. Sei que dou um pouco de trabalho. Ás vezes. Zeus, não consigo controlar minhas vontades... Você entende, não é? E para uma dama isso é muito mais complicado. Daí eu corro e me escondo, pois fico envergonhada. Mas minha mãe toda vez me diz: “tudo bem amor, mamãe vai limpar. Fica triste não. Está tudo bem. Mamãe está aqui para isso mesmo.” Quando ela diz isso, a minha vergonha e até um pouquinho de medo dela brigar comigo passam. Eu saio correndo (do meu jeitinho, né?) e a encho de carinho e muitas lambidas. Eu também tenho um pouco de medo de vassoura. Quando a Rose pegava uma, eu achava que ia me bater. Mas estou aprendendo que com ela não preciso ter esse receio. Encontrei uma família feliz e uma mãe humana que me ama e cuida de mim.

Zeus – Pôxa Mila, estou impressionado com sua história. Você também é muito valente.

Mila – Olhe Zeus, histórias como a minha e até piores, são muitas. Lá no CCZ, a gente fica conhecendo tantos animais que sofreram ainda mais que eu... Aqui mesmo dentro de casa, tem outra história que você vai achar cruel. É a do Duquinho. Minha mãe chama o Duque assim... au au. Mas essa eu vou deixar ele te contar.

Duque – Meu amigo, não quero que fique impressionado coisa nenhuma. Tive a sorte de ser resgatado pela nossa mãe humana, Rose. E isso é o que importa.

Nós te achamos lindo, Duque!!
Zeus – É verdade, Duque. Mas de onde você veio? Qual a sua história, amigão?

Duque. Auuuuuuuuuuuuu. Desculpe Zeus. Estou um pouco velho e sinto muito sono. Agora que estou mais idoso é que consegui finalmente ter um pouco de paz e muito amor. Minha vida nunca foi fácil. Eu morava no município de Serra. Minha mãe também foi longe para me adotar. Eu estava condenado à morte. Queriam me matar a pauladas, só porque sou velho e me achavam feio. Cain, cain, cain. Fui resgatado e fiquei em um lar temporário para ser adotado. Não gosto de me lembrar dessa história. Não enxergo muito bem e tenho problemas hormonais. Mas hoje sou amado, respeitado e bem cuidado. Zeus, vou deixar a Nina falar com você, porque ela não para de me morder e de puxar minha orelha. Não aguento esse filhote.

Esse Duque é um charme, não é não?
Zeus – Duque, parabéns pela sua nova família. Espero que, daqui pra frente, tudo seja muito bom na sua vida. Você merece, ‘cãopanheiro’.

Nina – Agora sou eu? Agora sou eu? Posso falar? Au au au au au au. Sei sentar, Zeus. Quer ver? Quer ver?

Zeus – Nina, você é super ativa, garotinha. Pode falar. Onde sua mãe humana te encontrou.

Nina – Eu estava pelas ruas. Não sei direito onde. Mas sou daqui mesmo, de Cachoeiro de Itapemirim. Quando a minha mãe me achou eu era ainda menor. Me sentia sozinha e com medo. Mas não sabia que ficar na rua era tão perigoso. Ficava vendo muitos humanos passando e queria que brincassem comigo. Eu sentia mesmo era muita fome. Mas também dormia muito. Acho que sou ainda mais sortuda, porque minha mãe me adotou novinha. Hoje escuto meus ‘cãopanheiros’ contando suas história e vejo o quanto eu poderia ter sofrido. Já está bom, Zeus? Agora podemos brincar?

Zeus – Au au au. Qualquer dia vou te visitar e vamos brincar muito. Tenho alguns brinquedinhos que acho que vai gostar. Galera, me despeço por aqui. Obrigado por terem contado para mim a vida de vocês e espero conversar com todos em outra oportunidade. Mandem o meu abraço apertado e canino para a Mimi, a Perla e o Bobinho, ok?

E o restante da família?

Essa família é muito grande e muito bonita. Conhecemos um pouco da história desses três cães vitoriosos, mas a família ainda tem a Perla, uma Chow Chow que a Rose ganhou de uma amiga. A Mimi é uma Lhasa Apso e é considerada a lady da casa. E o Bobinho é filho da Mimi, que ao contrário da mãe é o estressadinho da família. Rsrsr. Isso significa que na verdade a Rose já é avó!!!!

De acordo com Rosemery, a Perla é a mais reservada de todas, mas muito carinhosa. “A Perla é na dela, mas basta eu chegar que tenho que me abaixar para ela lamber minha orelha. Isso é nossa rotina diária. Adora carinho na barriga e nas orelhas.Todos os dias de manhã ela vai na beirada da cama e me dá uma patada  no rosto com carinho. Acho que quer dizer: Mãe, você não vai se levantar?  Estou apertada e com fome. E ela adora ficar na frente do ventilador.”

Perla, a mais reservada da família.
 Já a Mimi foi um presente que a Rose decidiu dar para a filha, quando esta teve um problema de saúde. “A Mimi foi um presente que dei a minha filha quando ela ficou muito doente. Pesquisando sobre sua raça descobri que seria ideal. O comportamento da minha filha mudou muito. Ficou mais responsável, cuidadosa, mais amorosa e começou a ver a vida com outros olhos.  Onde ia, levava a Mimi. Se tornaram muito unidas.”

Há um ano a Mimi deu um susto na família e quase morreu. A Rose contou que a veterinária chegou a tirar as esperanças de todos. Rosemery mais uma vez tomou a frente e pediu à veterinária para medicá-la em casa. Muita obstinação, cuidado e amor, e a saúde da Mimi foi restabelecida. “Eu deitava com ela na cama e a ninava no colo. Cantava, rezava e dormia abraçadinha com ela. Dava os medicamentos rigorosamente. O amor faz milagres quando é verdadeiro.”

A lady da casa merece mesmo esse título. Mimi estilosa.
 E claro que depois que a Mimi teve um único filhotinho, todos se apaixonaram e ficaram com ele. A Rose teve até proposta para vendê-lo. Mas sua resposta foi rápida: “filho não se vende”. O Bobinho, segundo o relato da Rose foi castrado e adivinhem? Não ficou mais calmo. Rsrs. “O danadinho é impossível. Super ativo. Nem castrando melhorou. Ao contrário, ele piorou.”

O Bob é o filho travesso da Mimi. Travesso e lindo!

Mimi e Perla.

“Minha estrela do céu”

Luquinha, o companheiro de muitos momentos.
 Deixamos o Luquinha por último, mas não por ser menos importante. Ao contrário. A Rose ressalta que esse poodle que ela diz que é a sua ‘estrela do céu’, foi seu companheiro de todas as horas. Ganhou quando ainda era um filhote e fez parte da sua vida durante 18 anos.

Não poderia deixar de enviar a foto do meu pequeno anjo, que nunca será esquecido. O meu Luquinha não poderia ficar de fora. Foi o companheiro que esteve ao meu lado em todos os momentos. Quando tive câncer ele se deitava ao meu lado e ficava quietinho. Mesmo estando cego, quando eu ia para o banheiro ele se levantava e me seguia. Nunca me abandonou. Nada mais justo essa homenagem ao meu lindo. A receita você já sabe ...AMOR!”

Rose concluiu nosso bate papo falando sobre todos os seus cães com palavras que deveriam ser aprendidas por todos aqueles que insistem em maltratar ou abandonar os animais.

Todos eles são especiais. Cada um tem algo diferente do outro. Mas o amor é inexplicável. São amigos fiéis. Nos amam por serem anjos de Deus. Se me perguntar se eu faria isso tudo novamente, eu respondo: tudo!”

Bem, para quem sentiu falta de uma imagem da Nina, a Rose explicou que ela não para um segundo para posar para fotos. A gente fica esperando uma foto depois, não é? 

No mais, acho que depois de tanta história emocionante, nada a declarar.

Até mais ver. 

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