sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Já pensou em contratar uma babá para o seu bichinho?



A atividade tem se tornado bastante comum em muitas cidades brasileiras


Atividades em ascensão: babá e passeador de pets. Proprietários cada vez mais exigentes com o bem-estar dos seus bichinhos. Afinal, os animais podem até serem simplesmente cães ou gatos. Mas os proprietários se autodenominam, muitas vezes, como pai e mãe dos seus pets. A relação com a família está mais próxima. Enfim, combinação perfeita. O mercado pet é estimulante para quem quer investir no comércio ou prestação de serviços. E com isso, os donos de animais contam com mais competitividade e qualidade no segmento.

A entrevista hoje é com duas profissionais do setor. Camila Medina Braga e Érika, que resolveu adotar um sobrenome sugestivo para sua profissão: Cãovívio.

Camila Medina Braga – Profissão: PET SITTER

Camila Medina e seu cliente, o labrador, Acran

 A Camila mora em Belo Horizonte, tem 27 anos e está terminando o curso de Medicina Veterinária. Sua afinidade com animais parece que é algo que sempre a acompanhou. “Escolhi fazer veterinária porque sempre amei animais. Gosto de lidar com eles, poder ajudar um ser tão indefeso, proporcionar uma qualidade de vida melhor. Salvar uma vida é uma coisa maravilhosa.”

Pode parecer estranho que uma estudante no último ano do seu curso esteja trabalhando como pet sitter. Mas não. Vamos ver que tem tudo a ver e que isso a mantém ainda mais próxima da sua paixão: os animais. E apesar do amor, a coisa não é uma brincadeira. Ela e todos os profissionais do segmento pet, tem buscado por muita profissionalização e informação.

“No início, comecei prestando meus serviços a amigos, familiares; nada profissional. Isso já tem cerca de três anos. E o resultado foi muito positivo, pois os animais, na ausência dos “pais”, reagiam muito bem à minha visita, pois eu os atendia em casa, sem mudar muito a rotina deles e minimizando a falta dos pais. Então pensei e comecei a ver que isso podia ser uma profissão. Neste ano, comecei a pesquisar mais sobre a profissão de pet sitter, buscar informações e dicas de profissionais em outros estados e comecei a me profissionalizar. Contratei uma pessoa para me assessorar juridicamente e elaborar um contrato de serviços, e uma outra pessoa para me ajudar a divulgar o meu trabalho. Minha assessora de comunicação, Luisa Naves, me ajudou a desenvolver um site (www.petsitterbh.com.br) e uma Fanpage (www.facebook.com/camilapetsitter). O meu objetivo era manter nossos seguidores (clientes e pessoas que gostam de animais) sempre atualizados com notícias do mundo animal, novidades, artigos com diferentes casos clínicos, dicas sobre como educar seu pet, comportamento animal, entre outros. Fizemos também materiais de divulgação e contato com a imprensa como sugestão de pauta sobre esse trabalho em crescimento em Belo Horizonte”.


Olha o Acran tomando um belo banho

 Cãopetente - Você possui animais de estimação? 

Camila Medina - Sim, claro! Todos os meus animais são adotados e não têm uma raça definida. Tenho três gatas (Alice, Cleo e Ana), um gato (Froid), um cãozinho (Aroldinho), e uma cadela (Shaiene). Minha gatinha Cleo adotei quando a conheci numa ONG e vi que ela tinha um problema neurológico. O diagnóstico não foi fechado, mas existe a suspeita de ser hipoplasia cerebelar ou toxiplasmose.

Cãopetente – Além dos seus, de quantos animais você cuida hoje em dia?

Camila Medina - Hoje atendo mais de 20 famílias e espero realmente poder atender muito mais!

Cãopetente - Como é a sua rotina? 

E depois do banho a carinha gostosa dele
enquanto é secado
Camila Medina - Quando vou a casa do cliente pela primeira vez, a minha preocupação é cativar o pet, passar uma boa energia a ele, formar uma amizade. Para que isso ocorra, me coloco no mesmo nível que ele, sento no chão ou ajoelho e deixo que ele se aproxime de mim, em seu tempo, porque não quero criar uma situação de estresse ou de invasão territorial. A primeira visita é sempre para eu poder conhecer o proprietário e seu(s) filho(s). Eu faço a higienização do ambiente, das vasilhas de água e comida, repondo ambas, brinco, dou atenção, carinho, passeio, dou banho, faço controle de vermifugação e vacinação e, quando necessário, levo o pet ao veterinário de confiança da família. Permaneço na residência por uma hora e o número de visitas depende da necessidade do animal e da família. 


Camila passeando com o Floquinho. 
Cãopetente - Você cuida apenas de cães e gatos? 

Camila Medina - Cuido de cães, gatos, passarinhos, aves ornamentais, tartarugas. Posso cuidar também de peixe, chinchila, hamster e outros.

Cãopetente - Você sente que seus clientes depositam maior confiança em seu trabalho pelo fato de praticamente ser uma veterinária formada? Ou acredita que isso não interfere?

Camila Medina - Conta bastante na escolha, principalmente em casos que o animalzinho é idoso, faz tratamento, toma medicação controlada.

Cãopetente - Quais as vantagens de se contratar os serviços de uma babá? Vantagens para os animais e para os donos.

Camila Medina - Contratando uma babá, o pet não sai do seu ambiente, é mantido na sua rotina, não é necessário confiná-lo em gaiolas, não tem contato com outros animais. Para os filhotes, o maior benefício é mantê-lo na própria residência, já que seu organismo ainda não é imunocompetente para “defende-lo” de bactérias, vírus, protozoários. Assim, o animal tem muito menos estresse. Para os proprietários também dá muito mais conforto, comodidade, tranquilidade, uma vez que seus “filhos” estarão dentro de casa, seguros, e muito bem cuidados.

Cãopetente - Você observa mudança positiva de comportamento em seus clientes, nesse caso nos animais, depois de sua ida rotineira em sua casa?

Camila Medina - Com certeza! Uma das famílias que eu atendo me disse que, como o cachorrinho ficava sozinho em casa boa parte do dia, quando os pais chegavam cansados, o animal estava extremamente ansioso, exageradamente feliz e inquieto. E com o trabalho de pet sitter, eles chegam em casa e são recebidos com muito mais carinho, e de forma mais tranquila. Assim, eles podem curtir mais o “filho”, sabendo que ele foi bem cuidado. 
Camila dedicando cuidados especiais com a alimentação
do filhote

Outro caso interessante foi de duas cadelas que atendo, a Musse e a Lua. No início, a Musse corria quando via a coleira e a Lua, quando ia passear, tornava o momento de lazer e diversão em um estresse. Ela não relaxava, latia para todos os outros animais da vizinhança. Com paciência, tempo, perseverança e confiança, vencemos essas dificuldades! Hoje a Musse passeia como uma “lady” e a Lua aproveita mais o momento de passeio! Cuido também de um Labrador, Acran que era obeso. Se cansava à toa, não tinha muita disposição para brincar. Passei algumas dicas para os pais em relação à dieta, e hoje ele está em ótima forma! Mais ativo e mais saudável!

Cãopetente - O seu serviço é mais procurado por pessoas que trabalham durante todo o dia e não gostam de deixar os animais sozinhos ou por aqueles que viajam em feriados, férias, algo assim, para cuidados eventuais?

Camila Medina - As pessoas que vão viajar, mesmo que seja por um período mais curto, são as que mais me procuram. Também me procuram aquelas interessadas em que eu dê o banho na residência.

Cãopetente - Qual o investimento que as famílias precisam fazer para contarem com o seu trabalho?

Camila Medina - O valor varia com a localidade e com a demanda do proprietário, mas gira em torno de R$40,00 a R$ 60,00, tendo também um plano mensal de R$ 450,00.

Cãopetente - Como é firmada a sua contratação? De maneira informal, ou você possui um contrato de prestação de serviços?

Camila Medina - A visita é firmada mediante um contrato. Conforme falei antes, tive apoio de uma advogada para elaborá-lo.


O Fred vai ficar com os ouvidos limpinhos!
Cãopetente - O que esse contrato prevê para ambas as partes - contratante e contratado?

Camila Medina - O contrato é para a segurança do cliente, do animal e minha. É para resguardar todas as partes envolvidas. Ele prevê as minhas obrigações e as do cliente, como será a minha forma de acesso à casa, o tempo de duração das visitas e os valores.

Cãopetente – Está claro que gosta bastante dos animais. Fale um pouco sobre o prazer que tem em trabalhar com pets. E o que pretende fazer depois que concluir seu curso de medicina veterinária.

Camila Medina - Desde pequena, eu amo animais. Muitas vezes peguei cachorrinho e gatinho na rua, levava para casa da minha avó, cuidava e colocava para adoção. Tive até problemas de pele por ter contato com animais, que supostamente estavam com alguma zoonose, mas isso nunca abalou a minha vontade de cuidar deles. Eu amo estar com eles. É uma amizade verdadeira, um companheirismo inigualável. Eles são muito fiéis. São capazes de transformar o pior dia que você teve em um paraíso! Basta uma lambidinha no rosto, um rabinho balançando demonstrando a alegria de te ver, um olhar que te diz: “eu estava aqui te esperando”! Não tem coisa melhor! Poder prestar socorro a um pet que foi abandonado, ou que está ferido, literalmente não tem preço. Depois de formada, continuarei sendo uma pet sitter, uma babá de animais. Conquistei famílias, que não quero me afastar.

Quem mora em Belo Horizonte e quiser entrar em contato com a Camila pode acessar os seguintes endereços: www.petsitterbh.com.br e www.facebook.com/camilapetsitter.

Os créditos das fotos de Camila são de Luisa Naves.

Érika Cãovívio – Profissão: PET SITTER e DOGWALKER

Olha a Érika no seu 'Cãovívio' com um lindo cãozinho.
Érika, 37 anos, mora em São Paulo e não possui uma motivação tão diferente da Camila. É obviamente necessário que se ame muito os animais para trabalhar na profissão. Desde maio deste ano de 2013, ela presta serviços de babá e passeadora de cães. As profissões amplamente divulgadas na língua inglesa, tem crescido muito nas cidades brasileiras. Exige muita responsabilidade. E o mais interessante é que parece que não é só o retorno financeiro que motiva as pessoas. A satisfação em lidar com animais tem se mostrado recorrente em depoimentos de profissionais que atuam nas diversas atividades do segmento pet. Érika também trabalha mediante contrato com seus clientes.

Claro que a pet sitter também possui seus amigos de estimação. “Tenho uma cachorra resgatada da rua que atualmente está com 10 anos (vira-lata), e uma Calopsita fêmea também com 10 anos. A cachorrinha se chama Pic e a Calopsita, Quindim. Nós pensávamos que era macho, até fazermos a sexagem (risos). Convivo com animais há muitos anos. Precisamente desde meus seis anos de idade”

Cãopetente – Onde você atua?

Érika -  Atendo a Região Oeste de São Paulo, abrangendo os bairros de Alto de Pinheiros, Perdizes, Pinheiros e Vila Madalena.

Cãopetente – Porque escolheu essa profissão?

Érika - Há muitos anos eu queria trabalhar com animais, mas não teria condições de ser veterinária. Me apego demais aos bichinhos e me comovo fácil com o sofrimento deles. Mas neste ano resolvi "virar a mesa", abandonar a profissão de formação e começar realmente a trabalhar com minha maior paixão: os animais.


Esse cliente é um gatinho, ou não é?
Cãopetente – Qual o perfil das pessoas que lhe procuram?

Érika - O perfil dos clientes que procuram o serviço de dogwalker é de pessoas que passam o dia todo trabalhando, não querem deixar seus animais sozinhos em casa e querem que os pets se exercitem. Já os clientes que procuram o serviço de pet sitter, são pessoas que vão viajar e querem que alguém de confiança cuidem, na sua própria casa,dos seus pets.

Cãopetente -  Fale sobre sua rotina de trabalho.

Érika - Meu serviço de dogwalker consiste em passear com o animal por, no máximo 50 minutos, nas redondezas da residência do dono, proporcionando bem-estar e saúde ao mesmo.O passeio deixa o animal visivelmente mais feliz e disposto. Se o dono tiver interesse, durante o passeio alguns comandos básicos de adestramento podem ser utilizados.

Como pet sitter visito o animal na residência do dono, levo para passear, troco água,reponho comida, brinco,dou carinho e higienizo o ambiente. Se for gato,como não saem para passear, o trabalho é o mesmo, mas com outras atividades tais como pentear os pelos, limpar os olhinhos (dependendo da raça), trocar a caixa de areia etc.  

Cãopetente – Cuida apenas de cães e gatos ou inclui animais silvestres?

Érika - Cuido basicamente de animais domésticos, tais como cães, gatos, pássaros, chinchilas, coelhos etc. Por enquanto não cuidei de nenhum animal silvestre, mas se um cliente precisar fico à disposição.


Clientes da Érika
Cãopetente – Quais as vantagens de se contratar serviços como os que oferece?

Érika - As vantagens de contratar tanto um dogwalker quanto uma pet sitter são infinitas. Diminui a solidão do animal, ele interage com o ambiente externo e com outros animais, se distrai, se exercita, recebe muito carinho e atenção.
Todo animal, mesmo que more em casa e tenha um jardim à sua disposição tem que passear, pois o passeio melhora muito sua qualidade de vida!

Cãopetente - Você observa mudança positiva de comportamento em seus clientes, nesse caso nos animais, depois de sua ida rotineira em sua casa?

Érika - Alguns clientes comentam que os animais ficaram mais dispostos com a minha visita, pois deixaram de se sentir sozinhos com a ausência do dono. Ficam mais calmos, confiantes e menos carentes também. Escolhi fazer o serviço de pet sitter no domicílio do dono do animal para proporcionar ao pet o maior conforto possível, sem tirá-lo do ambiente que está acostumado.

Ficou interessado nos serviços da Érika?

Celular : (11) 9-8291-5157
Site: www.caovivio.com.br (em breve estará no ar).


Quem deixa seus animais com profissionais como esses, precisa ter muita confiança no trabalho oferecido. Afinal, é possível identificar sinais diferentes em nossos bichos, mas eles não falam, não é mesmo?

Logo, ter o cuidado de sempre procurar por referências, por pessoas que já utilizam o recurso e sempre observar o comportamento do seu animal, são iniciativas importantes. Com a contratação dos serviços de dogwalker ou pet sitter, o que se espera é que o dia a dia do animal seja mais feliz e dinâmico. O ideal é que ele reaja de maneira mais feliz, pois não fica sozinho o tempo inteiro, pratica alguma atividade e, dessa forma, fica mais distante dos sintomas de ansiedade de separação, para citar um exemplo dos benefícios para o animal. O fato é que tomadas todas as precauções necessárias, os serviços são de grande utilidade e muito bem-vindos diante da necessidade de deixar o pet sozinho.

Encontrei um site, http://www.babadeanimais.com/p/cadastro-de-pet-sitters.html, que cadastra gratuitamente o nome e email de profissionais como a Camila e a Érika pelo Brasil . Legal conferir.


Para a semana?

Parceiros Cãopetentes, a próxima semana será dedicada a ‘historinhas’, daquelas que o Zeus gosta de ouvir. A primeira de uma cadelinha chamada Molly que tem uma vida de rainha. Linda e faceira, vamos mostrar como é seu dia a dia com sua mãe, Lara Faria Santos. Essa entrevista vai ter uma super novidade. Uma surpresa incrível.

A segunda será com Márcia Okabayashi, cuja profissão original é de psicóloga. Na sua infância e adolescência nunca apresentou quaisquer afinidades com animais de estimação. Natural de Belo Horizonte, foi morar nos Estados Unidos e descobriu um amor incrível pelos animais. Hoje, adestradora e amante dos cães, sempre tem a casa cheia e não abre mão do convívio com eles.

Não percam!

Até mais ver.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Quem conhece o Aufabeto dos cães?


Mas não se engane. Não é sobre a linguagem canina que vamos falar. O sugestivo nome é de mais uma empresa que trabalha com serviços day care e hotel para cães. 



A entrevista de hoje contou com mais de um entrevistado. Foram Luisa Pires, Pedro Maia e a contribuição de Valkíria Almeida na escolha e envio de fotos. Vamos apresentar outra empresa em Belo Horizonte que trabalha com os serviços de day care e hotel para cães. É o Aufabeto – Instituto de Educação Canina. Os proprietários Luisa e Pedro se dividiram na tarefa de nos responder as perguntas e, por isso mesmo, diferente do que faço em toda a entrevista, não irei personalizar as respostas. Dessa vez colocarei na “voz” da empresa – Aufabeto. Mas partiremos da história contada por Luisa. Vamos conhecer o motivo da criação do Aufabeto?
A história do Aufabeto começa quando Luisa Pires se mudou para São Paulo e adquiriu seus dois cães, o Buda e a Pupila. Um Bernese e uma Boxer, respectivamente. “Constantemente precisávamos de um lugar para deixar os nossos cães para podermos visitar os parentes em Belo Horizonte.  Só  encontrávamos lugar pra deixá-los onde ficavam em gaiolinhas. Eu morria de dó e preocupação. Além disso, meus cães eram muito agitados e destruíam a casa inteira. Andava com eles religiosamente, fazia chuva ou sol. Tiveram os melhores adestradores de São Paulo. Mas mesmo assim destruíam jardim, rasgavam suas caminhas e latiam muito.”

Metas, planejamento e capacitação.
“Tracei como objetivo conseguir domar meu cachorro, principalmente o Bernese que pulava muito e me mordia pra brincar. Então pesquisei bastante, até encontrar um curso de adestramento com o Dr. PET, o Alexandre Rossi. O curso aconteceu numa creche para cães. Comecei a me interessar tanto pelo assunto que acabei indo trabalhar com o Alexandre e virei sua produtora de filmes e propagandas.  Além da parte jornalística, também comecei a treinar os animais. Foram vários, como cães, gatos, lhamas, avestruz, entre outros. Acabei colocando meus cães nessa creche onde eles frequentavam duas vezes por semana com o objetivo de gastar energia, socializar com outros cães e assim reestabelecerem seu equilíbrio mental e físico. Foi incrível! No primeiro dia eles se transformaram! Assim que eles entravam no carro para ir embora da creche, eles já iam dormindo. E a equipe da escolinha me deu muita bronca e dicas de como ser uma dona melhor - disseram que eu os tratava como se fossem poodles,rs. Além disso, quando eu viajava, eles ficavam em um ambiente super agradável, 100% soltos, e isso me deixava super tranquila.
Essa transformação deles como cães e eu como dona foi tão grande que me fez fazer disso a minha profissão. Pensei:  se eu consegui me transformar desse jeito, qualquer um consegue. Precisamos levar isso pra Belo Horizonte. No mesmo momento corri atrás de todos os livros, cursos e claro, pedi um emprego na escolinha dos cães onde fiquei até achar que estava pronta para voltar para Belo Horizonte.”


Cãopetente – Há quanto tempo existe o Aufabeto – Instituto de Educação Canina?

Aufabeto - Há 3 anos.
Cãopetente – Descreva os serviços oferecidos pelo Aufabeto.

Aufabeto –  Daycare. O Aufabeto atua no desenvolvimento comportamental e prevenção de distúrbios comportamentais de cães, através do gasto de energia por exercícios e brincadeiras e da socialização com outros cães. Assim como nós humanos, os cães necessitam de estímulos diversos para alcançarem o seu equilíbrio. Excesso de latido, depressão, lambedura de patas, automutilação, obesidade, são exemplos de comportamentos que podem ser prevenidos ou eliminados. Em um espaço físico planejado e construído especificamente para este tipo de serviço, composto de pátios de grama sintética planos, pátio de grama natural e lounges com tatames e almofadas, profissionais qualificados e especializados em comportamento canino trabalham com o cão, objetivando o bem estar individual e a qualidade de vida no relacionamento entre você e seu companheiro. Mantemos os animais livres de baias e coleiras. Os cães só são separados no momento da alimentação, para evitar disputas por alimento.


Hospedagem. A hospedagem acontece no mesmo espaço do daycare. Durante o dia, os cães participam das atividades recreativas e, à noite, descansam protegidos em lounges com tatames e almofadas, para recuperar a energia. Nossos profissionais acompanham os hóspedes 24 horas por dia. A entrada dos cães se dá das 7h às 10h e de saída das 7h às 15h. Passado este horário é cobrada uma nova diária. A entrega dos cães pode acontecer até às 19 horas. 

Banho e Tosa. Nossos clientes podem contar com a qualidade do nosso serviço de banho e tosa durante a semana, para receberem seus cães limpos e saudáveis ao final de um dia de aula. Após o término do banho, os cães não ficam em gaiolas aguardando a hora de voltar pra casa. Eles ficam em lounges de descanso e relaxamento.

Transporte. Oferecemos transporte opcional em veículo próprio, com velocidade controlada, no qual os cães são separados em caixas de transporte, em ambiente arejado e seguro. Nossos motoristas são treinados para aplicarem conceitos de psicologia canina em seu dia a dia.


 Cãopetente – Qual a quantidade média de animais vocês atendem diariamente e qual a demanda em época de férias? Qual a capacidade máxima do Aufabeto?

Aufabeto - Média de 30 clientes por dia. Nas férias esse número dobra. Nossa capacidade varia de acordo com o perfil dos cães, mas é, em média, de 70 cães por dia.

Cãopetente – Quais os critérios para poder utilizar os serviços do Aufabeto?

Aufabeto - A proposta de uma escola canina onde os cães ficam 100% soltos requer cuidados específicos relacionados à saúde e integridade física dos nossos alunos. Para frequentar o day care ou o hotel, é necessário que o cão passe por uma avaliação física e psicológica, em que são checados o nível de energia, agressividade, ansiedade de separação do dono e capacidade de socialização com outros cães. A avaliação tem a duração de três horas e é gratuita. Dependendo do perfil do cão, um período de adaptação pode ser necessário, antes que o cão passe a frequentar o Aufabeto integralmente. 


Cãopetente – E quanto às vacinações?

Aufabeto - Os cães devem estar com as vacinas V8 ou V10, Raiva e Tosse Canina em dia e estas devem ser comprovadas através da apresentação da carteira de vacinação, no dia da avaliação. A única forma de garantirmos que todos os frequentadores do Aufabeto estejam com o anti-pulgas em dia é responsabilizarmos a equipe Aufabeto pela aplicação dos mesmos. Para isso, o proprietário pode optar por trazer o anti-pulgas de sua preferência ou o Aufabeto pode fornecer o produto que será cobrado à parte. Periodicamente efetuamos controles de vermifugação nos cães para garantir o controle de zoonoses. E, no caso das fêmeas no cio, elas só podem frequentar o Aufabeto após o término do ciclo.

Cãopetente – Como separam ou diferenciam as atividades para os diversos tipos de cães?

Aufabeto - Separamos por nível de energia, mais agitados com mais agitados e menos agitados com menos agitados. Cães idosos e filhotes tem atenção e separação específica.

Cãopetente – Que tipo de atividades são realizadas?

Aufabeto - Passeios no entorno da empresa, brincadeiras com bolinhas, freesbies, brincadeiras com água, piscina com escorregador, exercícios de faro e obediência.



Cãopetente – Como lidam com a questão comportamental de cada animal? Possuem veterinário in loco?

Aufabeto - A maioria dos problemas comportamentais se resolvem com gasto de energia e socialização. O restante é trabalhado individualmente, caso a caso. Não possuímos veterinário na empresa. Nosso foco é comportamental e não clínico. Temos parceiros veterinários em caso de necessidade.

Cãopetente – O que o dono de cada animal precisa levar e o que vocês oferecem?

Aufabeto - Precisa levar apenas ração e, em caso de algum tratamento veterinário, os medicamentos a serem ministrados.


Cãopetente – Fale um pouco sobre a segurança do local. 

Aufabeto - Segurança vem em primeiro lugar no Aufabeto. Lidamos com vidas diariamente, o que exige muito rigor em relação a este assunto. Os cães possuem acompanhamento 24 horas e a separação influencia muito na segurança. O espaço físico conta com câmeras, concertinas (cercas de proteção) e portões que separam um espaço do outro, para evitar fugas. Visitações são limitadas, pois influenciam no comportamento dos cães.


Aufabeto - Instituto de Educação Canina

Telefones: (031) 3297-7991 / (031) 9786-7979
Endereço: Rua Halley, 987 - Bairro Santa Lúcia - Belo Horizonte/MG


O que é bom?
Quem pode atestar o que é bom ou não, são as pessoas que utilizam determinados serviços. Não eu. Eu busco por informações. No texto de apresentação e boas-vindas aos leitores do blog, expliquei os motivos que me levaram a criar o espaço e a buscar por conhecimento perambulando pelos mais variados temas relacionados ao mundo pet (http://caopetente.blogspot.com.br/2013/07/a-quem-interessa-o-caopetente-bem.html).
Desde este recente início que pude fazer algumas constatações. Vou falar sobre duas positivas situações com as quais tenho me deparado. A primeira é bem pessoal e versa sobre as pessoas que gostam verdadeiramente de animais de estimação. São, em sua maioria, pessoas disponíveis, amorosas, sensíveis, educadas e bastante receptivas. Tenho tido gratas surpresas a esse respeito e muito apoio por parte daqueles a quem procuro para contribuir com o nosso espaço.
A minha segunda e feliz constatação, e bem mais relevante do ponto de vista do tratamento oferecido aos animais, é a busca por capacitação e muita informação por alguns profissionais do setor. Pessoas que estão sempre procurando por soluções adequadas ao bem-estar dos animais, que estudam, pesquisam, investem e se apoiam em modernidade e conforto. O que resulta em animais sendo tratados com muito respeito, responsabilidade e dedicação; e em donos que a partir dessas ofertas aprendem a lidar melhor com seus companheiros de estimação. Estimado animais que tem se tornado membros efetivos e presentes nas vidas familiares. As famílias tem aprendido não a humanizar os animais, mas sim, a respeitar suas necessidades e limitações.
Prezados leitores, esse papo pode ser muito óbvio para quem já vive essa realidade. Mas na contramão dessa bela condição que vem se configurando cada vez mais no mercado pet, também nos deparamos com as crueldades, abandonos e a falta de vontade de se informar. E como sabemos, informação é tudo.
O que é bom? Tudo aquilo que se embasa em conhecimento e que tem como prioridade o bem-estar, a segurança e a saúde dos nossos bichos.

Links encontrados na internet de empresas com serviços similares
São várias opções quando pesquisamos na internet sobre esses serviços. Mas São Paulo, pelo menos nos anúncios virtuais, disparam com o oferecimento dessas e de outras opções no setor pet. Importante mesmo é pesquisar, informar-se, solicitar referências, visitar o local onde irá deixar seu amigão. 

São Paulo

Vitória/ES

Rio de Janeiro
Guia SP e RJ


Quem já contratou o serviço de Pet Sitter?
A profissão usualmente conhecida e difundida com a nomenclatura inglesa, nada mais é do que babás de animais de estimação. Seja em inglês ou na nossa língua, um excelente serviço que pode ajudar e muito, a todos que não querem deixar seus cães nas mãos de qualquer pessoa, ou que não tem com quem deixar e precisam de profissionais que possam ir até suas casas para cuidar dos seus animais.
Na próxima sexta-feira (27), a conversa gira em torno desse serviço de pet sitter. Camila Medina e Érika Cãovívio (assim ela gosta de ser chamada), de Belo Horizonte e São Paulo, respectivamente, oferecem esse serviço que visa minimizar a solidão do animal enquanto o proprietário está  fora de casa. São também profissionais que cuidam dos seus ‘quatro patas’, durante uma viagem para onde seu cão não possa acompanhá-lo.
Mais uma opção. Conheçam as babás que seus cães e gatos podem ter.
Até mais ver.



sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Creche: queremos a opinião dos cães!

Tradução simultânea por suas 'donas de estimação'.



Na última entrevista falamos sobre a Maternau Creche para Cães, uma empresa de Belo Horizonte que oferece serviços day care e hotel para cães. Uma alternativa de prestação de serviço que preza pelo conforto, bem-estar e segurança dos animais de estimação.

Hoje vamos para a segunda etapa daquela entrevista conversando com duas clientes da Maternau. São pequenos depoimentos para conhecermos suas necessidades e as opiniões a respeito do serviço. A ideia é mostrar as duas pontas e ajudar aqueles que ficam em dúvida sobre o que fazer com seu cãozinho enquanto trabalha ou quando precisa viajar.

Os clientes da creche/hotel são o Rei e a Charlotte, um beagle e uma West Highland White Terrier, respectivamente. Dois lindos cães que, por motivos e em ocasiões diferentes, participam das atividades oferecidas pela Maternau. Já no início das entrevistas com as proprietárias de ambos os cachorrinhos, fica fácil observar o amor com que os dois são cuidados. Fazem mesmo parte das famílias com as quais vivem. E iniciativas que visam maior qualidade de vida para o animal dependem de vários aspectos. Mas partem dessa preocupação e amor dos proprietários.

Presentinho mais lindo esse Rei, hem!!!
Maria Cecília Mendes Pagel, advogada, 32 anos, ganhou o seu beagle de um estagiário. “O Rei nasceu no dia 10 de maio de 2012 e foi um grande presente que ganhei de um estagiário que trabalhava comigo em um escritório de advocacia. Adoro cães, e além do Rei possuo mais três, porém, moram em Santa Catarina com a minha mãe. Moramos eu, meu noivo e meu filho de quatro patas.” 

Quem resiste a essa carinha linda da Charlotte?



Já a zootecnista, Ana Maria Carneiro de Novaes de Lima Géo, 50 anos, contou que em sua residência moram ela, o marido, dois filhos e “a Charlotte que é a princesa da casa.” Charlotte foi adquirida em um canil de Belo Horizonte e está com apenas nove meses. Mas já possui sua rotina em casa. “Ela caminha todos os dias durante 40 minutos e nós brincamos muito. Ela é adorada”, disse Ana Maria. 

Além de deixar seus pets na Maternau e da importância que cada um dos cães ocupa claramente em suas vidas, o que a história de Maria Cecília e Ana Maria tem em comum? Nada demais. Eu diria que uma coincidência que pode apontar para a confiança que elas possuem nos serviços que a Maternau oferece. As duas deixaram o Rei e a Charlotte na Maternau pela primeira vez quando ambos tinham apenas três meses de idade. Filhotinhos, filhotinhos. A Ana deixa a Charlotte no hotel quando precisa se ausentar da cidade. O Rei frequenta a creche todos os dias da semana, mas, segundo Maria Cecília, inicialmente ficava lá duas vezes por semana.

Vamos conhecer um pouquinho da rotina dessas famílias?

Charlotte e suas férias no hotelzinho.

Cãopetente – Quando e por que a Charlotte se hospedou pela primeira vez?

Ana Maria- A Charlotte ficou a primeira vez na Maternau com apenas três meses de idade, durante três dias. Só viajei, porque tive indicações maravilhosas da Maternau. Minha cabeleireira foi quem me indicou. Fui fazer uma visita e então pude perceber o carinho das funcionárias e da Ludmila com os animais. Só deixo a Charlotte hospedada quando vou viajar para algum local para o qual não posso levá-la. Em julho ela ficou durante 10 dias.



Cãopetente – Como percebe a Charlotte depois de alguns dias hospedada no hotel?

Ana Maria - Gosto de deixá-la na Maternau, pois quando chego para entregá-la, ela já fica muito feliz. Sinto que ela ama de paixão a Cláudia, funcionária de lá. Quando vou pegá-la, ela chega cansada, pois lá tem várias atividades, o que é muito bom para ela.

Ana Maria fez uma breve síntese para a gente. Mas o que fica de importante é a satisfação da Charlotte, não é mesmo? 



E o Reizinho da Maternau? 



Cãopetente - Quantas vezes por semana o Rei vai para a Maternau e qual o período que fica na creche? 

Maria Cecília - Comecei utilizando os serviços da Maternau duas vezes por semana, e hoje, ele frequenta todos os dias, de segunda à sexta-feira das 09 horas até, aproximadamente às 16h30.

Cãopetente - Por que decidiu usar esse serviço? 

Maria Cecília - Eu e meu noivo trabalhamos o dia inteiro e sempre discordamos da ideia de deixar um animal de estimação sozinho em casa durante o dia. Aliado a essa nossa opinião, mas com a vontade imensa de ter um cão, que optamos em deixá-lo na creche apenas duas vezes por semana. Conheci a Maternau e me encantei com os serviços, e principalmente pelo atendimento! Somadas todas essas circunstâncias e vendo a alegria do meu filho de quatro patas indo e vindo da creche, decidimos deixa-lo lá todos os dias. Desde então o Rei se tornou um outro animal: mais dócil, mais calmo e muito mais alegre.

Cãopetente – Quais os principais pontos positivos em levar o Rei para a creche? 

Maria Cecília - O beagle é um cão com personalidade forte e extremamente bagunceiro. Ele precisa de atividades intensas durante o dia, ou então seus móveis, sapatos, paredes e até porta serão seus alvos para descarregar tanta energia. O Rei começou a destruir menos as coisas lá em casa, se socializou fácil e rápido com outros cães e inclusive com as pessoas. Claro que precisei de uma adestradora, a Isabela Jardim, que me auxiliou na educação do Rei. Pois, como disse anteriormente, essa raça é conhecida pela sua personalidade “sapeca”. São inúmeros aspectos positivos em levar o Rei na creche, tanto que considero a Maternau como sua segunda casa (embora sinta ciúme em dizer isso, hehe). O Rei sem dúvida é muito mais feliz frequentando a creche, pois lá conquistou inclusive inúmeros amigos, dentre eles o labrador Dante.



Cãopetente – Então seu comportamento em casa melhorou?

Maria Cecília - Totalmente! Rei foi um cão difícil demais no começo. Todos os meus móveis foram destruídos, portas, sofás, tênis, controles remoto... Ele melhorou muito. Está mais calmo e mais feliz também.

Cãopetente – Ele tem até um melhor amigo! Fale mais então sobre o convívio dele na creche com os outros animais? 

Maria Cecília - Esse é o ponto que mais me encanta! É inacreditável o que presenciamos lá. Como nós, seres humanos, os cães possuem suas rodas de amizades e inclusive preferências. O Rei é considerado o cão que mais se socializa com os demais, até porque frequenta a creche desde novinho. Penso eu, que ele faz jus ao nome, “REI’, porque acaba achando que pode tudo e com todos lá dentro (rs). Brinca com cães de todos os tamanhos e raças. Como disse anteriormente, o Dante, o labrador, é um grande amigo. Eles vivem brincando juntos. Uma graça!

Cãopetente - O que você mais gosta na Maternau? 

Maria Cecília - O que mais gosto é o carinho que toda a equipe tem como meu filho de quatro patas. Além disso, é saber que o Rei frequenta um ambiente saudável, limpo, organizado, tanto que posso nominar como sua segunda casa.

Cãopetente - De acordo com o relato dos responsáveis, do que o Rei mais gosta enquanto está na creche? 

Maria Cecília - Bagunça em geral (rs)! Ele adora brincar com outros cães e principalmente pegar alguns objetos e fazer a brincadeira pega-pega. Os outros cachorros ficam tentando pegar o objeto que ele tem na boca.

Cãopetente – Você já disse que até sente ciúme da segunda casa do Rei. Então como observa o contentamento do seu beagle quando o leva?

Maria Cecília - Ele abana o rabinho para todos os funcionários. Ele os vê e se empina todo. Além disso, ele já conhece a rotina: todos os dias de manhã ir para a creche! Chegando lá, bagunça pura. Tem maneira melhor de avaliar que seu cão está se divertindo?


O que teremos na próxima semana?

Parceiros, leitores Cãopetentes, minha intenção é, como eu disse acima, mostrar os dois lados da moeda. Sempre que for possível, é isso que pretendo fazer. Acredito que seja uma forma de elucidar dúvidas e de criar mais segurança para aqueles que tem medo de utilizar determinados serviços.

Sendo propositalmente repetitiva, só sugiro que sempre busquem por informações prévias. Veja o exemplo da Ana Maria que, ao deixar a Charlotte pela primeira vez no hotel, foi visitá-la e felizmente constatou que ela estava sendo muito bem cuidada. Qualquer prestador de serviço que ofereça qualidade e segurança no que faz não irá se importar com esse zelo do proprietário de um animal de estimação. Transparência é tudo.

Na próxima semana teremos outra entrevista com proprietários de uma empresa com serviços similares em Belo Horizonte, o Aufabeto – Instituto de Educação Canina. Estou mostrando duas boas opções naquela capital. Certamente existem outras. E ainda, disponibilizarei links de sites que encontrei na internet de serviços como esses em outras cidades.

Outro serviço que tem sido bastante procurado pelos donos principalmente de cães e gatos é o de pet sitter. Conversarei também com Camila Medina e Érika Cãovívio – assim ela gosta de ser chamada. Uma de Belo Horizonte e outra de São Paulo. As duas oferecem esse serviço que visa minimizar a solidão do seu animal enquanto está fora de casa, ou ainda, são profissionais que cuidam dos seus ‘quatro patas’, durante uma viagem para onde seu cão não possa acompanhá-lo.


Até mais ver!